30.12.02

Coisas que eu j� deveria ter escrito, parte IV: Casamento do primo.

Dois s�bados consecutivos com festas importantes - isso n�o me acontecia desde os doze anos. Enfim, no dia 21 de dezembro de 2002, meu primo Allan e a Michelle (que eu j� considero prima tamb�m) oficializaram a uni�o perante Deus e os burocratas do Of�cio de Notas. Os dois despencaram de Dourados - MS e aqui casaram, numa igreja cujos santos n�o me lembro mas acho que um era Santo Ant�nio. (Tinha uma Nossa Senhora de Alguma Coisa tamb�m, mas s� vendo o convite pra lembrar. Eu definitivamente n�o honro o fato de ser cat�lica apost�lica romana - a meu ver n�o sou nem um pouco cat�lica. Quanto mais apost�lica. Romana, ent�o.)
Voltando. Pra facilitar a vida dos parentes e a organiza��o da papelada (j� que foram pra Dourados tem uns meses s�), vieram os dois pra c� com o Matheus, tr�s anos de praia, a reboque. Coisa mais fofa, Matheus de pajem dos pais vestido num elegante meio-fraque que n�o durou at� o fim da cerim�nia, �bvio. A daminha, nas palavras do meu tio, "parecia aquelas menininhas do Renoir, as do Rosa e Azul", e estava realmente muito bonitinha. Allan estava galante (cruz, que palavra velha). Michelle estava linda num vestido marfim de cauda, com bordadinhos dourados no busto e na saia. E chorava, quase solu�ava, tadinha, que fofa.
Depois da cerim�nia religiosa ("Palavras da salva��o". Sei. N�o da minha paci�ncia. Definitivamente n�o sou nada cat�lica), oba!, festan�a. Dessa vez meu pai se manteve acordado, o que rendeu muitas piadas e asneiras entre ele e meu tio Alberto, outro que adora uma bobagem e que revezava comigo na dura tarefa de manter os gar�ons � volta da nossa mesa. Quando o pessoal j� estava meio alegre e come�aram a tocar aquelas m�sicas chama-pra-pista que em outra situa��o eu me recusaria a ouvir, fui dan�ar. Mas nada, nada me preparava para o que estava por vir. No momento mais esperado da noite por todas as solteironas encalhadas... *trilha sonora de filme de suspense*

EU PEGUEI O BUQU�.

Sim, sim, car�ssimos leitores. Esta que vos digita ser� a pr�xima mocinha casadoira da fam�lia (o que, segundo minha tia, significa o celibato de umas tr�s gera��es ainda por vir. T�o ador�vel, minha tia). Este foi o empurr�o que me faltava para que eu finalmente tire do zero meu contador de conquistas amorosas neste novo ano que come�a depois de amanh� �s 00h00min01seg. Ser� que eu desencalho e finalmente arrumo um noivo pra transformar essa t�o antiquada tradi��o em realidade? (Falando assim parece que eu vou agarrar o primeiro Homo sapiens com mais testosterona do que eu que passar pela minha frente e correr para o cart�rio mais pr�ximo. Credo em cruz [influ�ncia religiosa. Sou um pouquinho mais cat�lica por isso?]. Ainda t� nos meus 17.)

beijos da Prudence-chan

PS: Usei a sand�lia da minha m�e (a de salto 10) dessa vez. Ficou tanto tempo no meu p� quanto a outra. Acho que eu tenho a S�ndrome do Riponga Zen. Adoro ficar descal�a, pra desespero de qualquer um que passe perto sem uma m�scara de oxig�nio.

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