24.2.05

Sebo

- Quanto �?

Tr�s livros, estocados entre as grades da Biblioteca Nacional. Os tr�s, pocket books; as p�ginas amareladas de uso, e o letreiro "Star Wars" na capa.

- Cinco reais cada.

Personagens familiarmente desconhecidos davam as caras na ilustra��o - X-Wings, alien�genas, sabres de luz. Tudo embaixo do subt�tulo "New Jedi Order".

- Mas se a freguesa se interessa eu posso fazer um desconto.

A freguesa em quest�o se permite mais um olhar de relance para os livrinhos, sorri para o vendedor, e continua o caminho at� a esta��o de metr�. Sim, ela se interessa, mas n�o o bastante para compr�-los; n�o aqueles ali, pelo menos. Contando os trocados da Coca-cola, d� gra�as por ter baixado todos os tr�s e mais alguns (minus �caros) da Internet.


Mas ainda assim, l� no fundo, baixinho, sopra uma melancoliazinha de leve - uma saudade de pegar num livro velho e folhear as p�ginas de um �mbar quase transparente, que se desprende em pozinho de tra�a e tempo nos dedos. A coisa f�sica da leitura, o ato de marcar o livro com um papelzinho ou folha seca antes de dormir, sempre com aquela sensa��o aflitiva de que algu�m vai acabar desmarcando e voc� vai perder o ponto onde parou...

21.2.05

DANGER: BIOHAZARD

S�o umas quatro da tarde, eu tive uma noite de sono satisfat�ria e me sinto perfeitamente desperta enquanto leio fan fictions de Guerra nas Estrelas na Internet.

Eis que me deparo com o seguinte trecho.

"(...) Her small yawns while he had been replacing the last of the bacta patches had made it clear that she still needed rest in order to recover properly. (...)" (Jedi_BMK, Identity; negrito meu)

E bocejo.


Esse tro�o � perigosamente contagioso. Cad� o ex�rcito americano? Se isso cai nas m�os do Bin Laden, estamos todos perdidos.

17.2.05

Do you believe in fairies?

Fui ver "Em Busca da Terra do Nunca", hoje. Lindo lindo lindo. A Kate Winslet � uma fofa, adoro ela. E quando eu crescer quero casar com o Johnny Depp e ter filhos iguais �quelas crian�as. E um cachorro igual ao Rufus.

Mas triste, tamb�m. O que deixou o filme mais bonito ainda, acho. N�o digo detalhes pra n�o estragar, mas no fim daquela pe�a eu quase falei "N�o, n�o vai pra Terra do Nunca, n�o!". Chorei at� - e olha que eu n�o sou de chorar em filme...

PS: Ah, e n�o vamos esquecer dos b�nus pr�-filme: trailer do Epis�dio III e a melhor sess�o de Hiperespa�o que eu j� joguei na vida! XD

13.2.05

Sobre "Dig A Pony", dos Beatles

[01:09:18] Despair: literalmente, � "enterro um p�nei"...
[01:09:30] Despair: e pelo q eu andei vendo pela net, n�o faz sentido algum mesmo n�o. XD
[01:09:37] Despair: agrade�a ao lennon. XD
[01:09:55] V�tor: porra! a essa conclus�o estapaf�rdia eu tamb�m j� havia chegado.
[01:10:10] V�tor: vc enterraria um ponei pra celebrar uma pessoa?
[01:10:13] Despair: XD LOL!
[01:10:34] Despair: depende do p�nei. e da pessoa, acho. XD
[01:11:03] V�tor: ah, �.
[01:11:13] V�tor: � uma macumba, n�. n�o deixa de ser
[01:11:21] V�tor: essa macumba inglesa � estranha...
[01:12:52] Despair: esses ingleses n�o sabem fazer macumba.
[01:12:56] Despair: ...
[01:13:10] Despair: ser� q tem galinha preta nas esquinas de londres?
[01:13:42] V�tor: cara, n�o sei. mas nos campos de morango de liverpool deve ter um monte de ponei enterrado. p�in!
[01:14:13] Despair: hahahahahahahahaha!!!!!! XDDDDDD

12.2.05

Britadeira

Esteve ali ela, a manh� toda, trabalhando arduamente no concreto, a britadeira.

O barulho invade o pr�dio. Brrr. Brrritadeira.

A garota escritora bem que tenta, mas n�o h� como prender a inspira��o quando o barulho recome�a. Brrr.

E p�ra. Provavelmente oportunidade �nica... � preciso correr...

Mas c� dentro do cr�nio o barulho continua incontrol�vel, a britadeira, essa metralhadora de orelhas, brrr-ando, quebrando n�o s� o concreto como a cadeia de pensamento.

Brrr.

Metralhando a mente.

A id�ia sangrando agonizante - o que era mesmo? Quebrada irrecuperavelmente.

Sonhos - V

Sonho enooorme de longo hoje.

Eu andava pela Venceslau Brás, rua da faculdade; chovia, e meu guarda-chuva era muito pequeno. No caminho encontrava a Carol Brito e mais um pessoal do CAp de cujos nomes não me lembro. Depois eu pegava o mesmo ônibus que a Aninha (também do CAp), mas no meio do caminho me lembrava que ela mora em Bonsucesso. Como num passe de mágica, eu já estava no ônibus certo (carregando um monte de bolsas e tralhas); saltava na frente do Colégio Militar.

Ali, me deparava com uma manifestação estudantil ou bloco de carnaval, com gente da minha turma antiga no CAp - lembro nitidamente da Clarissa, do Rafael e da Fernanda. Eu (já sem as tralhas) perguntava pro Rafinha o que era aquilo, e ele dizia que era "protesto pelo hino antigo da escola" (?). Eu seguia junto com eles até chegarmos a uma espécie de comício - tinha gente importante, acho que o presidente, não sei. Lá encontrávamos o povo da 3B - Inês, Vitinho, Gomes, Lalalá, a galera toda. Fazíamos algum barulho e íamos pro fundo do pátio, pra longe do palco.

Eis que muda o cenário todo, e eu estou em uma casa que era misto de Teresópolis e da casa velha na Valentim. Tinha uma estante baixinha de madeira, com uma tevê no meio; estava passando o making-of de um filme cheio de tragédias, batidas de carro, tiroteios, um monte de gente ferida, morta, mães desesperadas. Eu me interessava pelo filme, e comentava que apesar da violência, eu queria assistir. E passava também um making-of com o Tom Cruise - aparecia ele com maquiagem de mendigo, tacando fogo nas próprias roupas e tirando meias da cueca (??). E meu pai comentava algo de um outro filme do Tom Cruise em que ele contrata uma prostituta, e eu cismava que era meu pai quem tinha contratado a tal prostituta... no pé da cama, estava o Cookie deitado em cima de uma mala de couro (acho que era uma das tralhas de antes), rosnando pra mim quando eu tentava passar. Dei a volta na cama e fui pro banheiro sem trancar a porta.

E aí acordei, graças a deus. XD



(ERRATA: Teve mais um sonho bizarro no carnaval... não lembro de quase nada, só da Lili e mais um pessoal do Fun Anime vestindo abadás e dançando numa micareta na minha rua.)

PS pra Mari: Nem sempre eu lembro dos meus sonhos... geralmente é mais fácil quando eles vêm (ou se estendem até) pouco antes de eu acordar. Mas tenta fazer uma forcinha pra lembrar dos seus! ^^

11.2.05

Sonhos - IV

Teresópolis

Dois pesadelos bizarros numa única noite, o que comprova que não se deve comer pizza com Coca-cola e logo depois ir dormir num colchão duro e desconfortável.

O primeiro: não lembro de quase nada - só sei que em algum momento eu estava numa galeria de arte, vendo uma exposição de mangás do Hiroki Endo, de Éden (o estilo pelo menos era o dele), e tinha uns quadros de gente despedaçada com vermes esquisitos saindo por todo lado. Eca.

O segundo tinha eu, minha mãe e uma abelha-besouro-barata amarela que ficava tentando me atacar e falava mal de uma personagem minha (a Lia, do chat - é, o bicho falava); eu ficava tentando bater nela com um jornal dobrado, sem sucesso.

Hoje

Não foi pesadelo, pelo menos, embora eu tenha passado o sonho todo meio frustrada. Eu estava indo pra uma festa à fantasia (deve ser ressaca do carnaval). A Lili tava aqui em casa, e de alguma forma inexplicável ela tinha um pouco da personalidade da Denise... bom, ela ia se fantasiar de bailarina, e eu tinha arrumado um tutu rosa pra ela. Só que ela não parava quieta, e eu ficava revoltada porque ela não me deixava ajeitar o tutu, que estava muito baixo. Até que eu desistia dela e ia me arrumar. Minha fantasia era de cigana, só que não tinha nada pronto - eu só sabia que ia usar a minha saia indiana vermelha, e o resto eu ia improvisar na hora. E eu ficava andando de lá pra cá, tentando pensar em que blusa eu vestia... ah, em algum momento do sonho eu passava pela Gabriela (colega do ballet), que também tava indo pra festa, mas acho que ela queria ajuda com a fantasia e eu não podia ajudar porque ainda não tinha me arrumado...

10.2.05

(...)
[22:00:41] Despair: (levando-se em conta q ele � a princesa leia, bom, ele tem a For�a. XD)
[22:00:43] Despair: ...
[22:00:50] Despair: tabris � o he-man? XD
[22:00:57] D�sir: ...
[22:01:09] D�sir: Bem, He-Man �, na verdade, o Pr�ncipe Adam... XD
[22:01:10] D�sir: ...
[22:01:21] D�sir: Caraca, Tabris tem uma parada mto sinistra com realeza! XD
[22:01:52] Despair: agora s� falta vc ser a sheeha. XD
[22:02:08] D�sir: ... Deus. XD
[22:02:16] D�sir: Mas ela era irm� dele! XD
[22:02:20] Despair: ...
[22:02:34] Despair: ei, eu j� me vesti de sheeha... XD
[22:02:37] Despair: ...
[22:02:38] D�sir: ...
[22:02:47] Despair: eu sou irm� da minha filha?! XD
[22:02:53] D�sir: �. XD
[22:03:00] Despair: ...
[22:03:07] Despair: "La�os de Fam�lia"... XD
[22:03:18] D�sir: Hahahahahahaahahahahahahaha!!! XD
[22:03:39] Despair: bom, eu j� era irm� dele de acordo com os Perp�tuos... XD
[22:03:58] D�sir: �, �... XD
[22:04:05] Despair: ...
[22:04:20] Despair: *se lembrou do luke com cara de super-her�i marombado*
[22:04:22] Despair: ...
[22:04:40] Despair: se vc fosse a mara jade, o tabris seria o luke vers�o he-man? XD
[22:04:48] D�sir: ...
[22:04:50] D�sir: �. XD
[22:04:59] Despair: gah, associa��es demais! XD
[22:05:15] D�sir: ... Bem, eu sou "ruiva". XD
[22:05:18] D�sir: ...
[22:05:38] D�sir: Ent�o o Tabris � os irm�os Skywalker, enquanto eu sou Han Solo e Mara Jade? XD
[22:05:50] Despair: isso. XD
[22:06:00] Despair: e eu sou darth vader. XD
[22:06:12] Despair: ...
[22:06:18] Despair: posso ser a jaina solo tb? XD
[22:06:23] D�sir: Pode! XD
[22:06:27] D�sir: Eu sou o Jacen! XD
[22:06:42] Despair: a� eu vou ser filha de v6. e sua irm�. XD
[22:06:48] D�sir: G�mea. XD
[22:06:49] Despair: ...
[22:06:52] Despair: e minha neta! XD
[22:07:02] D�sir: Hahahahahahahahaahahahahah!! XD
[22:07:03] D�sir: ...
[22:07:12] D�sir: Ei! Eu sou cunhada de mim mesma! XD
[22:07:34] Despair: e pai de si mesma, e tia de si mesma tb.
[22:07:41] D�sir: Uhu!! XD
[22:08:05] D�sir: E eu sou seu pai, mas tb seu genro. XD
[22:08:11] D�sir: E sua nora.
[22:08:19] D�sir: E seu neto. XD
[22:08:29] Despair: *rindo escandalosamente*
[22:08:39] D�sir: *idem*
[22:08:41] D�sir: XDDDDDD
[22:09:12] * Despair of The Endless - *catalogando as pr�prias fics, numa demonstra��o de egocentrismo XD* mudou o seu nome para Despair of The Endless - Lili � meu pai, meu genro, minha nora, meu neto E meu irm�o g�meo - isso s� no Universo Star Wars! XD
[22:09:17] Despair: sente o nick. XD
[22:09:34] D�sir: Hahahahahahahahaahahahahahahah!!! XD

4.2.05

Sexo Intelectual


- Adoro isso aqui.

- Aqui?

- Entre suas pernas.

- Tinha que ser sacanagem.

- N�o, � s�rio. � onde todo homem se sente mais seguro, entre as pernas da mulher amada. N�o tem nada de pornogr�fico nisso, � natural, � at� po�tico. Seu cheiro, o calor do teu corpo, as suas pernas e os seus bra�os em volta de mim. Isso d� uma sensa��o de prote��o, de aconchego.

- Ahh, homens... passam a vida inteira tentando voltar pro lugar de onde sa�ram. �dipos, todos voc�s...

- Ei, isso � Campbell.

- Hm?

- O mito do her�i. O homem que se descobre especial, parte em busca de aventuras, enfrenta prova��es e retorna vitorioso.

- Faz sentido.

- N�o �?

- Hm-rm.

- ... Nunca pensei que fosse citar O Her�i de Mil Faces num di�logo p�s-coito.

- Cala a boca e me beija, � �bermensch.

3.2.05

Sometimes I feel like a motherless child
Sometimes I feel like a motherless child
A long way from home
A long way from home



A primeira vez que ouvi essa m�sica foi no espet�culo "Transpira��es", da academia, em 1900-e-eu-com-uns-sete-anos (minha fantasia naquele ano era de bonequinha de lou�a, um vestidinho azul cheio de babados, e eu com meu rostinho p�lido de porcelana com bochechas rosadas de blush, perfeita para o papel). Sometimes I Feel Like A Motherless Child quase n�o tinha coreografia, eram bailarinas com roupas brancas atravessando o palco, algumas carregando longos panos di�fanos que um ventilador l� de dentro das coxias soprava e fazia flutuar entre a prociss�o, o escuro dos holofotes azuis combinado a uma tonelada de gelo seco para criar um efeito on�rico de silhueta; e terminava assim, a m�sica acabando na trilha do �ltimo longo v�u transl�cido para dar in�cio � Ave Maria de Gounod e ao solo lind�ssimo e melanc�lico do saudoso Z� Roberto, at� hoje o bailarino mais incr�vel que eu j� vi assim de perto; que suas coreografias guardem pra eternidade a beleza sobrehumana que tinham quando ele as dan�ava aqui nesse plano.

Voltando � m�sica-t�tulo desse post. Desde ent�o (minto, desde que descobri a Internet e o mp3), venho procurando aquela vers�o de Motherless Child, sem obter sucesso. A que eu quero � cantada por uma mulher, uma soprano (� bem aguda), e tem violinos. O fato de que eu n�o entendo nada de m�sica talvez atrapalhe a busca, mas se algum leitor ou leitora faz a m�nima id�ia do que eu esteja procurando, por favor, ilumine minha mente.