27.7.09

Como dizia o Bamerindus...

... O tempo passa, o tempo voa e eu esqueci completamente que era segunda-feira. Céus!

Já estamos no fim de julho. Chegamos àquele ponto do ano em que você olha pra ontem e era janeiro, olha o relógio e já é dezembro, as vitrines estão enfeitadas para o Natal e já é hora de comprar champanhe (ou espumante, dependendo do seu preciosismo enólogo e do seu bolso).

Não, meu plano nunca foi escrever um post sobre o passar do tempo. Na verdade, era mais provável que eu contasse hoje de toda a saga do meu siso superior esquerdo – o qual disse adeus aos seus coleguinhas de arcada dentária na manhã de sábado, depois de me causar (literalmente) muita dor de cabeça – ou mesmo que eu falasse do “Brumas de Avalon”, que terminei de ler na quinta. Ou foi na quarta?

Acho que essa é a parte estranha de terminar os estudos e trabalhar em casa, fazendo o próprio horário. Quando se tem escola, faculdade e caderno de ponto, você sabe quando é sábado ou domingo; você sabe quanto tempo falta para chegar ao sagrado fim de semana. Eu não tenho feito mais essa diferença. Trabalho aos sábados, domingos e feriados, mas também tenho liberdade de ir ao cinema na sessão da tarde em plena terça, se quiser. E isso, como tudo na vida, é bom e ruim. Sinto que eu ando meio perdida em relação ao tempo.

Um dos executivos que entrevistei pra uma matéria sobre home office me disse que reservava um horário certo de trabalho todo dia, e que até vestia roupa social como se fosse para a sede da empresa. Dizia ele que “de pijama, você não rende”. Acho que vou experimentar essa estratégia, ainda que eu esteja dando conta do recado. Sabe como é - não faz mal administrar melhor o tempo.

Mas eu falava sobre o tempo porque olhei para o relógio agora, seis e vinte e cinco da tarde/noite, e só então me dei conta de que era dia de atualizar o blog. É, acho que ainda vou levar um bom tempo até criar esse hábito... enfim, por hoje fica essa atualização miudinha. Não quero enrolar demais meus leitores, também; já basta postar atrasada.

20.7.09

Soltando o freio

Viram o que eu falei sobre inércia? Todos aqueles livros de autoajuda (saudades do hífen) têm um fundo de verdade: quando você começa a se mexer, as coisas acontecem.

Do meu desabafo de sexta-feira até hoje, eu:

  • terminei de ler um livro e cheguei à metade de outro (o primeiro e segundo volumes de “As brumas de Avalon”, respectivamente – eu já tinha lido o primeiro nos tempos de escola, na verdade, mas já tinha esquecido tudo);
  • fiz e colori um desenho, e com ele atualizei meu DeviantArt depois de quase dois anos sem passar por lá (o resultado final você vê aqui);
  • reencontrei um amigo de escola no Orkut;
  • fiz dois novos contatos profissionais.

Bastante coisa, e não estou considerando os trabalhos que peguei aqui do lado de fora, na Vida Real. Nesses outros casos a Internet não teve muita influência, ainda que os adeptos mais ferrenhos da Lei da Atração possam apontar agora pra tela do computador e dizer “viu? Viu?”.

É claro que nem tudo são flores. Eu não fui ao cinema nesse fim de semana, embora queira muito ver “Era do Gelo 3” e o sexto Harry Potter; aliás, sequer saí de casa; e também não escrevi nenhuma das duas ideias de conto que já tenho guardadas há pelo menos coisa de um ano. E considerando esse trabalho que comecei a negociar hoje, capaz de nem conseguir retomar isso ao longo das próximas semanas.

Mas, ei. Um passo de cada vez. Eu não sou exatamente a pessoa mais otimista do mundo, então não cortem meu barato.

Planos para a próxima semana na minha vida: além desse trabalho aí que eu mencionei, quero terminar o Brumas de Avalon (pelo menos o segundo volume, mas isso acho que consigo ainda hoje) e separar livros para mandar lá pro Trocando Livros. Aliás, jabá de hoje (eu devia cobrar por isso): cês já conhecem esse site? A ideia é muito bem sacada – você se inscreve e lista alguns livros que queira disponibilizar pra troca. Alguém vai lá, escolhe seu livro e você manda pra essa pessoa pelo correio. Depois, confirma o envio no site e ele te dá um crédito para escolher um dos livros disponíveis no acervo deles, que outro usuário vai mandar pra você. Eu já recebi dois créditos, e agora estou na parte mais difícil – escolher os livros que eu quero. Sabe quando todos e nenhum parecem bons? Pois é. Acho que vou deixar pra pensar nisso quando já tiver acabado de ler tudo que já tenho na lista de espera aqui em casa.

Ah, e hoje é Dia do Amigo! Dia de dividir um temaki de salmão (sim, eu ainda estou com desejo disso) com a melhor amiga no shopping. E é também o aniversário de 40 anos da chegada do homem à Lua – ou da encenação da chegada do homem à Lua, dependendo da sua opinião.

17.7.09

Fica combinado assim

Tá, pondo a coisa em pratos limpos: eu não sei o que fazer com isso aqui. (Por “isso aqui” subentende-se o blog no Blogger, o Livejournal, o Multiply e mais os outros lugares todos onde esse post aparecer. Ah, as maravilhas de atualizar tudo ao mesmo tempo com o mesmo texto, sem dar a mínima pro overlapping.)

Eu nunca soube, na verdade. Desde... *para de escrever para consultar os arquivos do blog* ... desde 2001, meu deus do céu, eu não sei bem qual é a minha na web. De uma forma geral, a minha sempre foi escrever, mas isso é um pouco vago. Eu podia estar há oito anos copiando listas telefônicas (um nome por dia – quanto tempo levaria?) e isso, numa interpretação bem pé-da-letra, não deixaria de ser “escrever”. Reformulando, então, a minha sempre foi contar histórias. Podendo ser reais ou não. Podendo ser uma história inteira ou só um trechinho. Podendo ser uma história com heróis e vilões ou uma história sobre como eu odeio sites que só abrem no Internet Explorer. Ou (meus posts favoritos, geralmente) histórias sem pé nem cabeça, dessas que nascem nos sonhos ou nas conversas de madrugada no serviço de mensagens instantâneas de sua preferência.

Pode parecer que eu estou enrolando, mas eu só estou tentando dar um contexto à história de como eu decidi retomar “isso aqui”.Não houve um grande evento que me motivasse a resgatar das cinzas o blog, o Multiply, o LJ. O pior, não houve um insight de como eu poderia fazer isso de forma a aproveitar bem cada um desses espaços, conquistar um público cativo, espalhar minhas idéias pelo mundo e de quebra fazer milhões com o AdSense. Nah. Quem me dera. Se alguém souber a fórmula, fique à vontade pra dizer nos comentários.

Não, nada disso. O que houve foi uma certa “tomada de vergonha na cara” (vocês também acham horroroso essa versão substantivada do verbo tomar? Toda vez que eu topo com uma “tomada de decisões” num texto de negócios, fico me perguntando se ela é 110 ou 220V). Ei, eu sou free-lancer. Trabalho em casa, faço meus horários – e, modéstia à parte, sou ágil o bastante nas minhas traduções e copis pra ter uma porrada de tempo de sobra. Ainda estou decidindo que pós fazer, ou mesmo escolher entre fazer pós e tirar a teia do francês. Não é como se eu não pudesse atualizar com mais frequência. Vá lá que um blog não seja como o Twitter, em que um simples “Ain, vontade de um temaki de salmão” já conta como atualização. (Isso foi um tweet meu do último dia 7. Ainda não comi o tal temaki de salmão, e só de reler atiçou a vontade de novo.)

Ainda assim, eu sei que sou capaz de escrever um texto de um tamanho razoável – tipo esse – por semana. E dizem que escrever é como sexo: quanto mais se faz, mais se quer fazer. (Não é tão difícil ser um monge budista, sob essa ótica.) É tudo uma questão de hábito, feito levar o cachorro pra passear de manhã ou ir ao dentista duas vezes no ano. A pior parte é vencer a inércia.

Não vamos entrar ainda no mérito do conteúdo. Fica combinado assim: eu escrevo alguma coisa, qualquer coisa, toda segunda-feira. A data pode mudar pra outra mais confortável depois, mas segunda-feira é dia de começar resoluções, e eu vou ter um fim de semana inteiro pra pensar no que escrever. Vocês entram com a parte dos comentários: dão a visão de vocês sobre o tema, reclamam quando eu deixar de escrever contos pra falar da minha vida, reclamam se eu só escrever contos e não falar mais da minha vida, e de vez em quando até levantam um pouco meu ego porque ninguém é de ferro.

(E se achar que o mundo era melhor quando eu estava calada, ei, é direito seu. Unfollow existe pra isso.)

Fechado? Começando segunda que vem? Prometo correr atrás de uma boa história pra contar. E mesmo que não encontre, eu venho aqui dar um alô, relatar meu progresso. Uma hora a gente acha o ritmo certo dessa bagaça.

Mas agora vocês vão me dar licença. Preciso levar o cachorro na rua e marcar consulta com a dentista. Meu siso e a bexiga do Cookie não têm a mesma paciência que os meus 3,1416 leitores.

16.7.09

Organizando minha vida

Vou voltar a atualizar minhas várias facetas virtuais. Não é como se eu tivesse uma Vida Real que me impedisse de fazer isso.