31.5.05

A lareira crepitava �s suas costas; atrav�s da janela, podia ver o p�r-do-sol anunciando a noite. Ele, o valente cavaleiro, prostrava-se aos seus p�s com l�grimas nos olhos. A amava dolorosamente, confessava, e n�o podia mais guardar esse amor dentro de si. Ela, a jovem donzela, n�o tinha palavras. Correspondia �queles sentimentos, mas a Raz�o insistia em lhe dizer que o romance dos dois era imposs�vel, inaceit�vel. Foi o que disse ao rapaz, acrescentando que deveria esquec�-la. Ele balan�ou a cabe�a, incr�dulo. Como poderia esquecer o alimento de sua alma, a Luz de sua malograda vida? Num gesto impulsivo, tomou-a nos bra�os. A dama tentou se desvencilhar... mas sua luta tornou-se uma car�cia t�o logo os l�bios dele tocaram suavemente os seus. Um calafrio percorreu sua espinha com aquele lev�ssimo ro�ar de rostos. Com relut�ncia, ele se afastou. Olharam-se mais uma vez - ele com �nsia, ela com s�plica - e, num ato de coragem, entregaram-se � paix�o num beijo profundo e cheio de ardor.

Corta.


(Leia mais...)

25.5.05

Da Trilha Sonora de Anakin Skywalker: Paralamas, Busca Vida

Vou sair pra ver o c�u
Vou me perder entre as estrelas
Ver daonde nasce o sol
Como se guiam os cometas pelo espa�o
E os meus passos
Nunca mais ser�o iguais

Se for mais veloz que a luz
Ent�o escapo da tristeza
Deixo toda a dor pra tr�s
Perdida num planeta abandonado
No espa�o
E volto sem olhar pra tr�s

No escuro do c�u
Mais longe que o sol

Perdida num planeta abandonado
No espa�o

Ele ganhou dinheiro
Ele assinou contratos
E comprou um terno
Trocou o carro
E desaprendeu a caminhar no c�u
E foi o princ�pio do fim

Se for mais veloz que a luz
Ent�o escapo da tristeza
Deixo toda a dor pra tr�s
Perdida num planeta abandonado
No espa�o
E volto sem olhar pra tr�

Papai, Eu Quero Me Casar

(Par�dia da m�sica dos Trapalh�es dentro de um contexto Star Wars. Nascida durante uma aula de Teoria da Comunica��o III.)


Papai, eu quEEEro me casar!
Oi minha filha, oc� diga com quem
Eu quero me casar com o Anakin Skywalker!
Com o Anakin oc� num casa bem
Por que, papai?
O Anakin se bande� pro Lado Negro
E vai quer� te lev� pro escuro tamb�m
Ai, quero n�o!

Papai, eu quEEEro me casar!

Oi minha filha, oc� diga com quem
Eu quero me casar com o Mace Windu!
Com o Mace Windu oc� num casa bem
Por que, papai?
O Mace Windu tem o sabre-de-luz roxo
E adispois vai arroch� oc� tamb�m
Ai, quero n�o!

Papai, eu quEEEro me casar!

Oi minha filha, oc� diga com quem
Eu quero me casar com o Chanceler!
Com o Chanceler oc� num casa bem
Por que, papai?
O Chanceler qu� domin� toda a Gal�xia
E adispois vai domin� oc� tamb�m
Ai, quero n�o!

Papai, eu quEEEro me casar!

Oi minha filha, oc� diga com quem
Eu quero me casar com o Obi-Wan Kenobi!
Com o Obi-Wan oc� num casa bem
Por que, papai?
O Obi-Wan muda de ponto-de-vista
E vai querer mex� no teu ponto tamb�m
Ai, quero n�o!

Papai, eu quEEEro me casar!

Oi minha filha, oc� diga com quem
Eu quero me casar com o Luke Skywalker!
Com o Luke Skywalker oc� num casa bem
Por que, papai?
Luke Skywalker � fazendeiro de umidade
E adispois vai moi� oc� tamb�m
Ai, quero n�o!

Papai, eu quEEEro me casar!

Oi minha filha, oc� diga com quem
Eu quero me casar com o Wedge Antilles!
Com o Wedge Antilles oc� num casa bem
Por que, papai?
O Wedge Antilles � piloto de Xis-Wingue
E adispois vai pilot� oc� tamb�m
Ai, quero n�o!

Papai, eu quEEEro me casar!

Oi minha filha, oc� diga com quem
Eu quero me casar com o Han Solo!
Com o Han Solo oc� num casa bem
Por que, papai?
O Han Solo vive quebrando hiperdrive
E adispois vai requebr� oc� tamb�m
Ai, quero n�o!

Papai, eu quEEEro me casar!

Oi minha filha, oc� diga com quem
Eu quero me casar com o Lando Calrissian!
Com o Calrissian oc� num casa bem
Por que, papai?
Lando Calrissian vive mudando de lado
E adispois vai pro teu lado tamb�m
Ai, quero n�o!

Papai, eu quEEEro me casar!

Oi minha filha, oc� diga com quem
Eu quero me casar com o Darth Vader!
Com o Darth Vader a� c� casa bem
Ai�, papai?
O Darth Vader � meio-homem meio-m�quina
E abrid� de lata oc� num tem
Ent�o t� bom!

21.5.05

MSN: Momento Sem-No��

(...)
Death of The Endless (TRABALHANDO) est� feliz: amou Star Wars, comprou Prel�dios e Noturnos e o epis duplo de Alias foi legal! diz:
Pq eu chego pra malhar ontem e ou�o o qu�? Usher!!!!!!!!!
Despair of The Endless // Rebel Princess // "And I miss you, like the deserts miss the rain." (Campanha Milk-Shake no Ani!) // diz:
....
Despair: nooooooo!
Desire of the Endless - "What... the... hell...?" [Campanha Milk-Shake no Ani!] diz:
Ah, anteontem o �nibus parou num sinal. Adivinha o que come�ou a tocar no carro ao lado?
Despair: NOOOOOOOO!!!!
Desire: �, Usher vai dominar o mundo.
Despair: junto c/ o lado negro, o unibanco, a drogaria pacheco e os edredons da leader?
Desire: ...
Desire: Nah, o Lado Negro t� fora dessa. XD
Death: po, o logotipo do Unibanco � preto :D
Death: como assim? o lado negro quer obviamente dominar o mundo, hehehe
Desire: Exato!
Death: e o Usher n�o � branco.. :D
Desire: Ele quer, mas n�o vai. XD
Despair: a drogaria pacheco � vermelha feito um sabre de luz. XD
Despair: ...
Desire: Meu celular � vermelho. XD
Desire: ...
Despair: o laranja QUER dominar o mundo. XD
Desire: N�o uso espelho pra me pentear.
Desire: ...
Death: j� os edredons da leader... porra, onde � que eles entram? :D
Despair: em cima da cama?
Despair: de x-wing pra sabre-de-luz... XD
Desire: O Lado Negro � laranja??
Death: po, se o lado negro � laranja, algu�m � daltonico nessa historia toda...
Despair: � a caixa preta! XD
Death: boa! a caixa-preta � laranja!
Despair: tudo se explica. XD
Desire: A�! XD
Death: mas falta o papel do edredom no babado..
Despair: ...
Despair: pera�...
Despair: o uniforme dos pilotos da rebeli�o � laranja.
Despair: ...
Despair: tem algo de errado na galaxy far, far away.
Death: h� algo de podre na galaxia distante.. :D
Desire: ..........................
Desire: Oh, no. XD
Despair: We're doomed. XD
Death: oh, dear! :D

R�veillon

Abriu a geladeira, em busca de almo�o. Frustrou-se. Estava quase vazia - apenas a garrafa d'�gua, um ovo, uma p�ra madura demais, um resto de champagne do r�veillon. Havia ainda um miojo na despensa; decidiu-se.

(Pra descobrir o desafio da semana, leia mais...)

COISAS A SE NOTAR NO EPIS�DIO III (pode conter SPOILERS leves - selecione o texto para ler):

- Mant�m-se a predile��o do Anakin por naves amarelas (deve ser heredit�rio: adivinhem qual � a cor da jaqueta do Luke no fim do Epis�dio IV?);
- Logo no come�o do filme, o momento P�kemon do R2 contra aqueles droidezinhos atacando a lataria;
- R2 completamente overpower, mais parecido ainda com um canivete su��o - ou o Google;
- Obi-Wan em momento YMCA pegando Anakin por tr�s (n�o pude evitar XD);
- E mais planetas que parecem a Terra;
- Essa s� aparece no cartaz: quem mais acha o penteado da Padm� igualzinho ao Predador?;
- Palpatine no melhor estilo ped�filo-corruptor-de-mentes-ing�nuas;
- O f�sico, digamos, fabuloso do Hayden Christian-Andersen (sim, isso foi um looongo trocadilho);
- Chewieeeee!
- Utapau parece um tronco cheio de fungos...;
- Palpatine ficando mais parecido ainda com Sua Santidade Bento XVI;
- Aayla Secura morre como se fazia antigamente;
- Yoda arrancando aplausos da plat�ia;
- Quem enxergar de cara a met�fora da luta no Senado ganha um copo de leite azul;
- Obi-Wan em momento Hist�ria Sem Fim;
- Obi-Wan em momento corno (com certeza ele foi o �ltimo a saber...);
- Obi-Wan em momento piriri, fazendo pose de n�mero dois na nave da Padm�;
- Obi-Wan em momento Ricard�o, num timing pior que o do Jo�o Freire de Teoria III;
- Ah, preferia o Ani mal-passado... estava mais gostoso;
- Centros m�dicos contrastantes, algu�m?;
- A Tantive IV - sim, voc� j� viu aqueles pain�is e bot�es vermelhos em algum lugar;
- Tarkin e uma estrutura met�lica familiar ao fundo;
- Bail Organa � putch�;
- Alderaaaaan...;
- Beb� de olho aberto igual � Leia - mesmo beb�, de olho fechado, igual ao Luke;
- E finalmente, cena final mais tear-jerker imposs�vel. (E n�o podia ter acabado de forma mais bonita.)



George Lucas, eu te odeio. Voc� conseguiu se redimir. (E o John Williams tamb�m n�o fica nem um pouco atr�s, o maldito.)

20.5.05

Meninos, eu vi.

E ri, e torci, e aplaudi - e chorei no fim, vejam s�. Eu podia fazer uma longa disserta��o sobre tudo que me agradou, me emocionou, me surpreendeu e me fez pular na cadeira, mas o Epis�dio III � que nem Mr. Brown Iced Coffee: n�o d� pra explicar, tem que provar. E n�o � que agora me descobri fascinada pelo Anakin Skywalker?

Ah, eu devia tamb�m detalhar toda a saga da nossa (minha e da Lilly) Maratona Star Wars... mas basta dizer que ver toda a hexalogia em menos de 24h nos deixou completamente chapadas!

A Vingan�a de Jedi ou A For�a � regida pela Lei de Murphy

(Cinema quase cheio. EWAN, NATALIE e HAYDEN sentam lado a lado, nessa ordem.)

HAYDEN, empolgado - Ahh, que emo��o! Epis�dio III! Depois de 28 anos, a saga finalmente est� completa! (A n�o ser, � claro, que o George resolva fazer os epis�dios VII, VIII e IX.) Enfim vamos ver a transforma��o de Anakin Skywalker em Darth Vader! A elimina��o dos Jedi! As naves! Os duelos com sabres-de-luz! Os efeitos especiais! Ainda bem que eles fizeram essa premi�re exclusiva pra n�s, porque se a gente fosse esperar na fila com os outros f�s ia levar uns 12 parsecs antes de-- ei, Natalie, desse jeito voc� vai acabar com a pipoca.

(NATALIE sorri inocentemente com as bochechas cheias enquanto sacode o saco de pipocas vazio. HAYDEN lhe lan�a um olhar de puro �dio. NATALIE engasga.)

EWAN, batendo nas costas de NATALIE - Hayden!
HAYDEN, exclamando - N�o foi culpa minha!
VOZ MASC., OFF - Shhhh!

(A c�mera mostra HARRISON, CARRIE e MARK sentados na mesma fileira, ao lado.)

HARRISON - D� pra calar a boca a�? O filme vai come�ar!
CARRIE, comendo pipocas - Esses moleques de hoje em dia...
MARK - Eles falam tanto quanto aquele tal de Jar Jar...

(C�mera volta para EWAN, NATALIE e HAYDEN.)

NATALIE - Olha, apagaram as luzes.
EWAN - Estou com um pressentimento ruim sobre isso.
HAYDEN, pulando no assento como uma crian�a - Vai come�ar!

(Eis que sentam-se na fileira da frente KENNY, ANTONY e PETER, nessa ordem.)

HAYDEN, sumido atr�s de PETER - Sabe, �s vezes eu tenho a impress�o de que a For�a n�o gosta de mim.



PS: Eu sei o que s�o parsecs.
PPS: Sei l�, me veio isso hoje.

EDIT: Puxando pro topo esse t�pico em homenagem � Maratona Star Wars e ao Epis�dio III.)

19.5.05

EU N�O ROUBEI!

Dear Prudence
Dear Prudence


Which White Album Song Are You?
brought to you by Quizilla

Juro por deus, respondi com sinceridade.

17.5.05

Comprei.

Botafogo Escada Shopping, primeira sess�o de sexta. (Tor�am para eu conseguir fazer a camiseta!)

12.5.05

And now, for a happier tone...

(Botafogo, sol raiando fulgidamente.)

Lilly - Eu sou um bacon. Kevin Bacon. Com fritas.
Prudence - Fritas francesas?
Lilly - Fritas francesas.
Prudence - Putas francesas?
Lilly - ... Putas francesas fritas.
Prudence - Bom, antes fritas que assadas.
Lilly - Putas usam Hypogl�
Cat�rticos, esses �ltimos dias. Ontem, a primeira reuni�o das Trovadoras - ali come�amos a falar e ouvir. Hoje pegamos as fotos. Ainda que existam errinhos t�cnicos aqui e ali (d� pra melhorarmos o foco, gente), nossas id�ias ficaram lindas no papel.

E hoje, ainda, o desabafo longo, aproximador.

Curioso que eu, a menininha meiga, n�o tenha falado quase nada. Curioso n�o, assustador mesmo. E n�o foi por falta do que dizer - tamb�m tenho problemas, incertezas, medos - nem por falta de confian�a, muito menos por achar que n�o iria ser levada a s�rio. Pelo contr�rio, senti at� uma certa culpa por ter sido a �nica a n�o dividir e expor uma parte de si. O fato � que toda vez que eu pensava em contar alguma coisa, a pedra na garganta n�o deixava. Passei o tempo todo ali com os olhos marejados, mas calada. A impress�o que eu tenho � de que o meu pr�prio corpo imp�e uma trava que me impede de desabafar, de me abrir.

Talvez por isso eu goste tanto de escrever. Assim eu consigo burlar as l�grimas, acho.

Seja como for, queria dizer a voc�s tr�s que o dia hoje foi especial�ssimo pra mim (mesmo eu tendo ficado caladinha). Um dia eu dou um jeito de botar meus monstros pessoais pra fora tamb�m - h� de fazer bem pra mim e pra voc�s, essa troca. S� queria agradecer por voc�s serem as pessoas maravilhosas que s�o, e dizer o qu�o grata eu sou pelos nossos caminhos terem se cruzado (sei que soa clich�, mas � s�rio!).

Amo voc�s.

(Todo dia.)

10.5.05

Miguel no Inferno

Os dedos longos acenderam a luz do visor do rel�gio de pulso. Cinco para a meia-noite, se lia. Logo tudo estaria terminado.

Ele olhou para a escurid�o do firmamento, pensando em tudo pelo que passara at� ali. Na ang�stia que o levara ao topo daquele pr�dio. Na dor, no sofrimento, na humilha��o. Em outra �poca as lembran�as o teriam feito chorar, mas naquela noite l�grimas n�o correriam. N�o havia mais raz�o para elas. Faltava pouco para a liberdade, agora.

(Leia mais...)

Escolhas

"� r�pido e n�o d�i nada", ele disse. Talvez, mas isso n�o deixava a situa��o menos constrangedora. Ela tirou a calcinha e se deitou, procurando n�o olhar para nada, mas acabou encontrando o rostinho simp�tico dele entre suas pernas.

Definitivamente, n�o h� nada pior do que ir ao ginecologista pela primeira vez.

Olhou para o teto branco do consult�rio, soltando um resignado suspiro. A enfermeira, ao lado da bancada, insistia em fazer ru�dos fantasmag�ricos com a bandeja de instrumentos. Era uma loira meio gorda, de uns quarenta anos, com uma express�o facial de quem tem mil coisas mais interessantes para fazer. Mas sabia que a presen�a da enfermeira ali era obrigat�ria: era uma testemunha, um pilar de seguran�a para a paciente e tamb�m para o m�dico - vai que alguma doida o acusa de ass�dio?

N�o que pudesse haver qualquer erotismo em ter sua intimidade cutucada com um palito de sorvete, mas h� malucos para tudo.

Sempre fora atendida por m�dicas, mulheres, a vida toda. A pediatra era uma baixinha fofa que toda crian�a adorava, embora os pais a achassem um tanto incompetente. A dermatologista fora bem o oposto, uma grandalhona ranzinza que examinava suas espinhas com cara de nojo, mas acabava com elas. A oftalmologista era uma morena�a que usava decotes enormes. (Ah, certo, teve aquele endocrinologista, mas o sonho dele era ser mulher, de qualquer forma.)

E no entanto, justo dessa vez, a tradi��o tinha de ser quebrada. E por qu�? Porque a ginecologista da mam�e decidira se aposentar bem agora. Agora que chegara a vez dela.

Sentiu um pouco de c�cegas; seguiu o corpo com o olhar. M�scara, luvas de l�tex, l�mina de exame laboratorial, a personifica��o da seriedade. E o pior de tudo � que ele era bonitinho.

"Prooonto. Tudo certo, mocinha, pode sair." N�o devia ter mais de trinta - rec�m-formado, decerto - e era um amor de pessoa. Quando ela marcou o hor�rio, esperava um velho safado daqueles que contam piadas obscenas no meio da consulta e ficam rindo sozinhos porque ningu�m mais achou gra�a. Jamais poderia imaginar que encontraria aquela coisinha doce e ador�vel de olhos azuis.

Toda a trupe voltou para a primeira sala, ele logo se aboletando atr�s da mesa e do computador e entrando na segunda rodada de perguntas - fluxo mestrual, dores, hist�rico familiar, alergias, vida sexual, n�o, que bom, et cetera, et cetera, et cetera. Atr�s dele, uma figura feminina com tra�os modernistas. Em cima da mesa, calend�rio, pasta, uma estatuetinha simbolizando as fases da gravidez, mais alguns badulaques de propaganda de laborat�rio. E ela ainda n�o entendia como algu�m podia escolher ser ginecologista sem ser um tarado.

Foi quando viu o porta-retrato. Pegou para ver de perto. Era uma mulher, feliz, em roupas de hospital, deitada com um bebezinho min�sculo nos bra�os.

"Minha filha. Nasceu semana passada." Ele explicou, os olhos azuis brilhando de amor � profiss�o e � vida.

Ela saiu de l� contente. Talvez, no vestibular, marcasse Medicina.


(No FictionPress.Com)

9.5.05

Gesso

Uma sinuosa coluna de grafite surge no papel.

E assim nasce voc�, minha Galat�ia.

A inseguran�a me vem - desconfio que o �ngulo n�o esteja bem certo, que as curvas n�o fazem jus � realidade; e haveria como fazer jus � sua realidade, musa? Pergunto em sil�ncio, enquanto estico o l�pis como r�gua � minha frente.

Voc� nem pisca.

Nem se abala, enquanto analiso suas propor��es divinas, perfeitas: o corpo elegante, alongado mas encorpado, a forma suave dos seios, o ligeiro quebrar dos quadris; os p�s mais bem-feitos que um ser humano poderia ter (eu, que sempre odiei p�s), os cabelos emoldurando a pele alv�ssima, os dedos longos.

Mas n�o h� tempo para me distrair, embora eu tenha a estranha certeza de que seres como voc� jamais se cansam. Sem que meu pensamento a seguisse, minha m�o tra�ou de mem�ria um r�pido esbo�o do seu esqueleto (sim, garanto que at� mesmo seus ossos s�o mais galantes do que os de meros mortais como eu).

Arranco a folha, amasso o papel e praguejo. Alguns olhares se voltam para mim, mas n�o o seu. Jamais o seu.

Ah, a ang�stia do artista! �s vezes me pergunto, musa, se n�o estou fazendo tudo errado; se n�o tenho talento algum para isso, e na verdade estou apenas me iludindo em pensar que um dia hei de ser digno de voc�. Se n�o seria mais f�cil, mais pr�tico, mais normal esperar voc� na porta do est�dio e tentar puxar conversa.

Pois a verdade � essa, minha amada Galat�ia (e enquanto medito inicio novamente o tra�ado de sua esguia e linda silhueta): eu desejo mais. Eu estou cansado de vir aqui todas as tardes para v�-la nua; por mais sedutora que voc� se mostre, n�o posso (n�o consigo, nem quero) extrair destes encontros qualquer prazer al�m do art�stico. Voc� n�o � minha nesta sala iluminada e ass�ptica, musa; aqui voc� � de todos n�s, e no entanto ningu�m pode t�-la. Ningu�m (nem mesmo o cavanhaque da esquerda, que - dizem - j� ganhou tr�s pr�mios regionais) � capaz de quebrar este casulo de gesso em que voc� se encerra ao deixar cair o roup�o.

A adolescente perto da porta suspira resignada, atacando furiosamente a folha com a borracha. Quanto a mim (e voc� certamente nem se d� conta disso), j� me entrego � agrad�vel tarefa de reproduzir seus volumes com o l�pis macio. Aguarde s� mais um minuto, musa... pronto. Acho que n�o h� mais o que fazer. No papel h� uma jovem bel�ssima, tal e qual as deusas gregas; e no entanto a graciosidade dela n�o chega aos p�s da sua...

Meu olhar atinge o rel�gio de relance; o tempo acabou. Voc� relaxa e se humaniza - algu�m reclama, mas ningu�m d� ouvidos. Ponho-me a recolher meu material, guardando na pasta a vers�o de musa com que terei de me contentar, e � quando sinto seu rosto de anjo se voltar para mim e enviar-me um breve sorriso. O peito leve e a alma formigando, me vem a lembran�a que me impulsiona a chegar mais perto. Na hist�ria, Pigmale�o tem um final feliz.

(No FictionPress.Com)

7.5.05

Agora � s�rio!

Ainda falta adicionar o resto das trovadoras, os textos em si e mais alguns ajustes, mas j� d� pra fazer a pr�-estr�ia do C�rculo das Trovadoras de Minerva. N�o, eu n�o me dei ao trabalho de fazer um layout from scratch. Mas o logo fui eu que fiz, �

5.5.05

Sonhos - IX

Sonhei que a Lilly tinha comprado ingresso antecipado pro Episódio III. Isso deve dizer alguma coisa sobre como anda minha cabeça ultimamente...

3.5.05

Temei, Imortais!

Vem a� a Sociedade das Poetisas Vivas. Ou a Guilda das Trovadoras de Minerva. Ou sei l�. Mais not�cias quando a gente descobrir o que � e o que fazer com isso. (S� sei que minha primeira contribui��o j� est� pronta...)

E por falar em Star Wars...

Toda sua, Mestre:

Sonhos - VIII

Hoje sonhei com limões mofados, e que assistia uma comédia besta com a Carrie Fisher, em que ela quase não tinha falas (num dado momento, ela tinha que usar um nome falso e assinava "Natalie Portman"; eu achava isso engraçadíssimo).

Star Wars Em 7 "Enter"

Despair of The Endless // Rebel Princess // My mother taught me about MERCY. "At least try to remember to set for stun." diz:
ali�s, qdo vc vai fazer aquela coisinha baseada em forever not yours? XD
Desire of the Endless - .:: The Emperor's Hand ::. ["I am the ultimate predator."] diz:
Acho que amanh�. XD
Despair: ...
Despair: te amo. XD
Desire: ...
Desire: Eu sei. XD
Desire: *Congela.*
Despair: ...
Despair: *veste biqu�ni dourado*
Despair: pode sair. XD
Desire: Uhu! \o/
Desire: *digitando sem olhar pro teclado ou pro monitor*

(It's not our fault.)

2.5.05

Bolinhas n�o s�o Gremlins

(Aula de Antropologia.)

Laura - "Todo dia ela faz tudo sempre igual/ Me sacode �s seis horas da manh�/ Me sorri um sorriso pontual/ E me beija com a boca de hortel�"... algu�m quer Halls?
Prudence - Ah, eu quero!
Laura - Pega e depois passa pra Paty.
(...)
Paty - T�... agora o que que eu fa�o com a bolinha (de papel de bala)?
Prudence - Junta com a minha bolinha. Bota elas pra transar.
Paty - �timo! Logo logo vai nascer outra bolinha...
Prudence - At� o fim da aula ser�o milh���es de bolinhas, mwahaha.
Paty - ... Bolinhas n�o s�o Gremlins.

Considera��es geogr�ficas

(MSN, sobre o espet�culo Notre-Dame de Paris)

Despair: e ela (a esmeralda) � da andaluzia... ^^
Despair: eu gosto da andaluzia. XD
Desire: ...
Desire: Qual � o barato da Andaluzia? XD
Despair: sei l�, mas o nome � bonito. e � na espanha, e tem ciganos. XD
Despair: (� na espanha, n�? XD)
Desire: (Acho que sim. XD)