5.12.07

Mazein, você já viu meus desenhos?

http://prudencechan.deviantart.com

Vai ver meus desenhos, anda. (Eu amo a Tétis!)

4.12.07

Com toda a polidez dos espelhos

Olá, Majestade. Há tempos espero pela tua visita.

Não, não te vás ainda, espera; nada te farei de mal. Não põe em mim a culpa por tuas mazelas de outrem. Sou apenas um espelho, vês? Nada faço, senão mostrar aos meus senhores aquilo que eles desejam ver.

Talvez seja este meu defeito – ao mesmo tempo, minha maior virtude: não me contento com o reflexo mudo e estático dos demais espelhos do palácio. Deste fim neles, senhora? Bem sei, os ratos me informam. Não, não os empregados, nenhum ousa chegar perto. A corte havia de aprender muito com o povo se o ouvisse, Majestade. Vê: eles não querem saber mais. A ignorância é uma bênção.

Achas graça? Pois bem, é teu castelo e teu reino, a ti é permitido rir do que bem entenderes. Quem sou eu para questionar-te, senhora! Talvez haja realmente algo de irônico em minhas palavras, não sei; tanto tempo isolado tendo apenas os roedores por companhia enferrujou minha retórica. Não só ela, ouso dizer. Imploro, Majestade, por um par de mãos carinhosas que aceitem polir minha superfície. Sou um adorno e tanto quando bem-tratado, hás de descobrir.

As amas não aceitariam? Oras, mas não és Rainha? Podes ordenar suas mãos cortadas, se não te obedecerem. Oh, não, claro que não, Majestade, não sugeriria tal coisa. Sujeira e perda de tempo, e além disso, quem precisa de amas manetas? Este reino já tem aleijados demais, os ratos me informam. Os ratos me informam de cada coisa. Eles entram por cada poro das paredes e cada fresta dos portões. Ah, se vós, humanos, pudésseis ouvir os ratos. Toda conspiração cairia por terra e toda traição seria ceifada antes mesmo de chegarem os apaixonados à alcova.

Não estou insinuando nada, senhora. Por quem me tomas? Reflito apenas a verdade.

Usarás tuas próprias mãos? Por Deus, minha senhora, não posso aceitar tal coisa. Quisera eu ter joelhos para dobrar-me diante de ti, quisera eu ter pernas e braços para impedir-te de cometer tamanha desonra. Mas não os tenho, como podes ver, só o que tenho são as palavras, e ao que parece minhas palavras não têm efeito nos teus reais ouvidos. És tão mais forte do que minha antiga senhora, sim, pude ver logo. Mais forte, mais bela, mais sagaz...

Não falemos dela; como queiras, Majestade. Não ouvirás mais menção a qualquer de minhas prévias senhoras. Se houve outras? Ora, mas houve centenas delas – tantas, de todas as partes, de reinos que Vossa Majestade não ousaria visualizar nem em teus sonhos mais fantásticos. Houve mesmo uma, de nome Cleópatra, que...

Não falemos delas, como queiras, Majestade.

Ainda desconfias? Não vejo razão para tanto. Não digo nada de mais, senhora, digo apenas aquilo que esperas ouvir de mim. Se queres que eu cante sobre tua beleza, que é vasta e inegável, sobre tal eu cantarei; se queres me ouvir declamar sobre as jóias que teu senhor conquista para ti, ou sobre como teu amante é viril e desejado por séquitos de damas invejosas...

Os ratos. Os ratos me informam de tudo, Majestade.

Não, não te vás, não te vás! Que não se fale mais disso, jamais mencionarei novamente qualquer coisa sobre o Rei ou o Lorde; não penses que pretendo criar intrigas. Por que eu maltrataria uma ouvinte tão gentil e atenciosa como tu? Fica; fala comigo. Posso ser teu amigo, se quiseres. Basta querer. Faz-me uma pergunta, vamos, qualquer coisa, uma bobagem que seja. Uma curiosidade qualquer que te morda o coração, por mais tola que pareça. Não há perguntas tolas para mim, querida! Vamos, não sê tímida: abre-te comigo.

Sim, eu sabia que perguntarias isso.

Pois então, minha senhora, hei de dizer-te a verdade e somente a verdade: sim, tua madrasta era má, e fizeste bem em condená-la à morte. Não vejo razão para continuares carregando esta culpa em teu peito – sim, sei que sentes culpa. Matar nunca foi de teu feitio, por tuas mãos ou pelas de um de teus súditos. Mas saibas, senhora, que matar é às vezes justo. Teu sangue e teu cargo, os recebeste por vontade divina; nada mais é do que tua obrigação fazer cumprir a lei de Deus e punir os pecadores que se recusam a aceitar a bênção. Tu ofereceras a ela partir, não? Ofereceras punições menores – ora, o que seria um toco de língua diante do perdão perante o sacerdote? Ela, a tua madrasta, entregava-se ao demônio e portanto nada mais justo do que limpar teu reino dessa desgraça.

Sim, eu sei que ela não te parecia má quando eras pequenina. Mas vê, meu anjo, a diferença entre os bons e os maus: tu, doce criança que eras, insistias em ver apenas a bondade da mulher que dizia tratar-te por filha. Mas não deixa que a tua benevolência te prejudique, Majestade. A ingenuidade paira sobre a linha tênue entre qualidade e defeito. Guarda a inocência para tua filha que há de nascer – não sabias? Eu vejo isso também – e mantém teus dois olhos negros bastante abertos para tudo e todos os que te orbitam.

Eu? Envenenar tua madrasta? Por quem me tomas, senhora? Apenas mostrei a ela o que ela desejava ver. Ela, como todas as outras (e eu prometera não tocar mais no assunto, mas tu insistes), via em mim apenas um reflexo do que trazia em si. Se o coração dela trazia maldades e intrigas, maldades e intrigas eram o que eu lhe devolvia. A ti, que traz no coração o amargor de toda uma juventude sofrida, posso refletir apenas sofrimento; se mostras a mim tua alma insegura, frágil de tanto ouvir brutalidades, uma alma frágil eu te mostrarei de volta. Se, no entanto, surgisse diante de mim a altivez e força de uma mulher bela, sã e temente a Deus, teria apenas a entregar-lhe em retorno as maiores maravilhas deste mundo.

Não, não és esta mulher, Majestade.

Se queres conhecê-la, ela não mora longe: avizinha-se ao teu reino e é nobre, como tu. Não espera encontrar mulher feita, que ela ainda sequer é moça; tem lábios vermelho-sangüíneos e cabelos negros como carvão. Seu nome é Branca de Neve. Apressa-te: o rei, seu pai, há de enviuvar tão logo a lua cheia apareça no céu. Teu senhor? Ora, mas está no quarto ao lado, vestindo-se para a caçada. Não seria terrível se um mal súbito lhe acometesse no meio da floresta?

Como sei tanto? Os ratos, minha senhora. Os ratos me informam de tudo.

26.11.07

A vida é difícil para os cínicos

O meu maior problema é que eu divido o mundo entre os que eu considero imbecis e os que me consideram imbecil, só que na maioria dos casos as duas categorias coincidem.

21.11.07

O que você vai ser, o que você quer ser

Começa com a família, bem antes do vestibular. Esse é apenas um divisor de águas, um marco; o drama mesmo vem com a maldita pergunta "o que você vai ser quando crescer?", aceitando a variante "o que você quer ser quando crescer?". Eu lá sei o que cargas d'água o futuro me reserva? Ainda emulo um Álvaro de Campos para a segunda: o que eu quero ser? Mas quero ser tantas coisas!

A resposta costuma vir fácil, quando se é criança. Eu costumava variar entre escritora e desenhista-pintora, o que quer que fosse isso. Cheguei a copiar a carteira de trabalho da Vó Maria, empregada lá de casa, com direito a foto 3x4 desenhada e minha assinatura. Um dos meus primos dizia que ia ser motorista de caminhão, depois mudou pra piloto de avião.

Mas aí você cresce e se dá conta que ser desenhista-pintora não vai dar dinheiro, que talvez você não tenha talento o bastante para isso, que é difícil de entrar nesse mercado, etc. Daí você começa a entrar em contato com várias outras possibilidades de carreira - um leque ao mesmo tempo ilimitado e apertadíssimo - e aquele "o que você quer ser quando crescer" vira de repente um "mas então, vai fazer vestibular pra quê?".

(Sim, porque não existe a menor chance de felicidade sem que se passe cinco horas preso numa sala cheia de adolescente e pós-adolescentes, com o contato visual subliminarmente limitado, e praticamente proibido de dirigir uma palavra a qualquer um dos desgraçados que, como você, encaram o punhado de perguntas irrelevantes que supostamente determinarão o rumo de suas vidas.)

Daí, digamos que você faça sua escolha sem intervenção da família ou dos amigos (como se isso fosse possível). Digamos ainda que você escolha um curso no vestibular que realmente pareça algo legal de se fazer - não só por causa da grana, ou porque é badalado, ou porque a relação candidato/vaga é ótima. Vamos mais além: digamos que, feita a escolha e vencida a etapa das cinco horas na salinha, você seja aprovado.

Daí você começa suas aulas, conhece pessoas. Volta e meia você descobre coisas chatas sobre sua recém-iniciada carreira, mas tudo bem: como diz mamãe, para todo bônus existe um ônus, tudo que é bom tem seu lado ruim, equilíbrio da natureza, Yin e Yang, e talz. Daí você começa a trabalhar - digamos que num estágio - e no começo até que é bem legal, você fica tranqüilo e todo mundo em casa fica também.

Daí você termina a faculdade e começa a sentir que não era exatamente aquilo que você queria fazer quando crescesse.

Pra todo bônus existe um ônus, só que a vida fica bastante complicada quando os ônus deixam os bônus comendo poeira. De repente, a profissão que você escolheu resolve se mostrar chata; o que te levou a seguir aquela carreira ainda está lá, em algum canto, mas o resto das suas oito horas no escritório criam uma nuvem de poeira que sufoca o prazer que você um dia teve. Daí você se questiona se não fez uma escolha errada, lá no vestibular, se afinal não era melhor ter feito uma faculdade que fosse te dar uma porrada de dinheiro (já que é pra ser ruim, que tenha uma compensação).

É engraçado como, nessas horas, a gente sempre se dá conta que queria mesmo é ser escritora ou motorista de caminhão. Daí a gente começa a criar aquela carreira de Platão (que a gente não seguiu) enquanto reclama cada vez mais da carreira pé-no-chão (que a gente mesmo escolheu, mas quase se arrepende). Mais engraçado ainda é quando se coloca a carreira de Platão numa torre de marfim bem alta - porque no fundo a gente sabe que, se largar tudo em prol do sonho de criança, vai descobrir que ele também pode ser chato e cheio de burocracias. E a gente não quer isso; quer os bônus sem os ônus.

Mas daí o ano acaba e a gente promete pra si mesmo: ano que vem vai ser diferente. Ainda é novembro, mas minhas resoluções de ano-novo envolvem sair de onde eu estou hoje e começar a galgar essa torre de marfim aí, sem deixar de correr os olhos pelo que acontece ao redor do meu castelinho. Nada indica que o caminho vai ser fácil, nada indica que fazer isso vai resolver as minhas dúvidas existenciais (maldita contemporaneidade), mas pelo menos eu sei que tentar vai me dar aquele friozinho na barriga, e eu estou mesmo precisando sair da inércia.

(Em tempo: o primo que queria ser motorista de caminhão fez faculdade de Educação Física. Largou e virou comissário de bordo de uma grande companhia aérea, depois quase trocou de carreira e virou cantor de banda de forró.)

16.11.07

Úlcera?

Espremida entre um feriado nacional e o fim de senama, no trabalho (de onde eu, que ainda nem vi Tropa de Elite, tô pedindo pra sair), tomando Coca-cola e mascando chiclete enquanto me preocupo com a monografia ano que vem e rezo pro chefe nem olhar pra minha cara.

Isso vai me custar o estômago no longo prazo, não vai?

16.10.07

Mochilas, gatas grávidas, Thelma e Louise

MSN Corporativo

*******
Mais uma pegadinha!
Simples Assim
Me mande a resposta pra eu ter certeza que vc matou......

Um onibus com 7 garotas dentro.
Cada garota tem 7 mochilas.
Dentro de cada mochila, tem 7 gatos grandes.
Cada gato grande tem 7 gatos pequenos.
Todos os gatos tem 4 pernas cada.

Pergunta:
Quantas pernas tem dentro do onibus?

Aline TI Master
...
Gato não tem perna, tem pata.
... e os gatos grandes são todos fêmeas, né? XDDDDDD

*******
gato nao tem pé, tem pata
mas perna o bichinho tem

Aline TI Master
Pô, eu considero pata todo o conjunto começando do quadril. XDDD

*******
faz as contas
entao sua perna é seu pé

Aline TI Master
Não, porque eu não sou gato. XD
E explica a coisa dos gatos pequenos dentro dos gatos grandes. XD

*******
cada gato grande tem 7 filhotes poquenos

Aline TI Master
Dentro das mochilas?!

*******
isso

Aline TI Master
...
Você quer me dizer que em uma mochila cabem sete gatos grandes e 49 pequenos? XD
Mochilão, hein? XDDDDDD

*******
1x0 aline

Aline TI Master
Tá, vai: são aquelas estatuazinhas de gatinhos chineses, e as garotas são muambeiras. XDDDD

*******
2x0
3x0
4x0
pronto vc venceu

Aline TI Master
MWAHAHA. XD
I WIN. XD


Troca de e-mails pessoais (cont.)

- As Trovadoras foram pra alguma excursão levando gatas grávidas?

- Agora eu me pergunto quantos filhotinhos uma gata tem por ninhada. E se não seria maldade demais levar 343 gatas grávidas espremidas em 49 mochilas...

- E estão faltando pernas nessa história: as do motorista do ônibus!

- Uma das garotas é a Sandra Bullock.

- Até porque, em Velocidade Máxima, o casaco dela era algo das Gatas Selvagens, um time do qual ela participou no segundo grau. O nome era mesmo Gatas Salvagens, não era? Ou eu tô boiando?

- Pode ser a Geena Davis ou a Susan Sarandon, também.

- Fossem elas, Patita, o ônibus estaria condenado ao fundo dum abismo. E eu não quero matar tantos gatos.

- ... Na boa, isso tem que ir pro blog.

12.7.07

Desiderata

Ela revira a fotografia entre os dedos, como uma criança que arranca as pétalas de uma rosa enquanto cantarola uma cantiga medieval – mas seu semblante é triste, ele sabe mesmo a essa distância. Ele a observa, guardião, não muito admirador; afinal, ela não é a primeira, tampouco a última, que ele vê sofrer. Ele aguarda paciente, seus olhos de céu serenos como uma nuvem semi-translúcida num sábado de manhã.

A foto flutua no abismo onde ela também se lança, e é quando ele abre o amplo par de asas brancas e mergulha através da atmosfera, quase preguiçoso. Seus braços desconhecem a noção humana de peso, dedos que dançam no ar com um salamaleque antes de abarcar a criatura. Os pequenos milagres diários como esse não chegam a ter qualquer graça especial, ele pensaria se não fosse o que é, mas para ele a Graça é uma só, diferente do conceito terreno de graça, conceito este que jamais seria concebível em sua opinião.

Jamais, pelo menos, até ele notar que a criatura o encarava com olhos fendados de âmbar.

Sorte – ou azar – já estarem no chão, pois ele a teria deixado cair sem um segundo pensamento; a ânsia mesmo de acabar com aquela existência é imensa, mas entra em conflito com o dogma da proteção aos desamparados. Duas forças iguais, fazer o bem e destruir o mal, e enquanto ele se debate com suas próprias leis, ela estica uma amostra de sorriso, ergue uma sobrancelha ironizando as estripulias do destino, e se vai embora deixando para trás o perfume indefectível de enxofre.

Ele segue por meses o rastro de seu cheiro, a espada num punho, o perdão no outro. As asas já perdiam as penas e ele sequer percebia, o tempo parecia mais frio ou mais quente, os pés doíam de andar. Tudo era estranho e tudo era novo, e ainda que fosse ruim, era bom, porque não era igual. A humanidade lhe entranhava dia após dia, e logo ele sentia fome, e logo vergonha. Entregam-lhe roupas numa catedral, servem-lhe um caldo ralo chamado "sopa" que incomoda a língua e amacia a garganta. Por um serviço, dão-lhe dinheiro; ele não compreende nem um, nem outro. Ninguém o questiona.

As palmas das mãos sangram da enxada, e o sofrimento é um conceito que ele entende, mas ele não pretende – não pode – se deter aqui por muito. Há que percorrer estradas e ruas (a pé; os tocos de osso das asas caíram com o tempo) até encontrá-la, seja lá por que ou para que for. Punição e salvação já se confundem e se embolam numa ânsia estranha, inominável. Ele chama isso de "missão", a quem quer que ouse perguntar.

Ele a encontra, enfim, num quarto perdido num motel perdido, lá onde os humanos não se distinguem dos anjos, dos demônios ou de qualquer outra coisa. Ela lhe sorri novamente como quem já o esperasse, e disso ele não duvida; volta-se para o corredor estreito com um meneio dos cabelos negros e deixa que ele siga o movimento de seus quadris até uma das portas (qual, não faria diferença).

É ali, entre os lençóis de algodão vagabundo de uma cama pouco iluminada que ele então cai em definitivo, cada vez mais fundo, cada vez mais desesperado, até que o último grunhido em uníssono desfigure a ambos. Ele é o pecado, agora, no abandono despido que observa o teto e espera que o arrependimento chegue – e ele nunca chega, e isso é que é o pior.

Ele nem sabe o que é um cigarro, mas quer acender um. Sentir a chama de nicotina devorando seus pulmões feito quimera e pôr tudo pra fora num anelzinho de nuvem semi-translúcida.

No alto do maior edifício da cidade é onde ele se encontra agora, olhando com curiosidade para a fotografia que ela deixou sobre o criado-mudo daquele quarto de motel. Atrás da foto ela escreveu "Segue-me e eu te salvarei", na língua que ele já não se permite falar. Não há sofrimento algum quando ele entrega o retângulo de papel à brisa e deixa o corpo pender para o infinito; atrás de si, ele sabe que está sendo observado por serenos olhos de céu.

22.6.07

Lost Time = Calendário Republicano

JACOB
ILHA

(Algum tempo depois, passado o choque inicial com a pichação na Igreja de São José)

- "Jacob Ilha". "Jacobilha". Jacob era um jacobino?

- Então Jack era um girondino?

- Bom, a Kate é uma sans-culottes!

- "Sun"-culottes?

17.6.07

Para melhor resultado, use toda a linha Freudiana.

- Pra fechar, olha o spam que chega na minha caixa: "CURSO DE FORMAÇÃO EM HIPNOSE CONDICIONATIVA". Dude, "condicionativa" é fooooooooooooooda!

- ... Hipnose condicionativa. Com efeitos emolientes, para deixar o seu subconsciente ainda mais macio e sedoso.

- "Subconsciente oleoso? Hipnose nele!"

- "Lembra do meu ego? Continua o mesmo, mas o meu id... quanta diferença!"

- Isso é que é lavagem cerebral...

14.6.07

Fogão no Lounge



Acabei de me dar conta que o artilheiro do meu time saiu do Lounge do Limbo. Depois perguntam por que é que tem coisas que só acontecem com o Botafogo...

*pensado logo após o quarto gol em cima do Vasco pelo Campeonato Brasileiro*

24.5.07

Preparações para o fim da temporada de Lost

(Sobre a possibilidade de um drinking game)

- Aliás, aí, se alguma coisa explodir no finale, a gente bebe um copo; se a Kate explodir alguma coisa, a gente bebe a garrafa toda.

- E olha que pra ela explodir alguma coisa vai ser mais complexo, já que a dinamite deve tá toda na praia...

- Por isso mesmo!

- ... Ainda pode ter C4. Nunca se sabe.

- Só se estiver escondido em algum lugar. Não me pergunte onde!

- ... Kate é a mulher-contêiner.

Se espera algum sentido, não leia.

Verlangen von den Ewigen | Rosenrot | Coca-Cola, wunderbar! diz:
Sabe?
Verlangen von den Ewigen diz:
Eu quero que o Jack se acerte com a Juju, porque ele fica mais legal com a Juju.
Verlangen von den Ewigen diz:
E quero que o Saywer vá embora da ilha com o Jin (a Sun morre), o Hurley e o Charlie.
Verlangen von den Ewigen diz:
Aí eles saem juntos pra pegar mulher.
Desespero de los Perpetuos | http://trovadoras.blogspot.com diz:
Saem na Kombi, claro. XD
Verlangen von den Ewigen diz:
E a Kate apodrece na praia.
Desespero de los Perpetuos diz:
...
Desespero de los Perpetuos diz:
A Sun e a Kate podiam ficar juntas na ilha. Elas são super-amigas mesmo.
Desespero de los Perpetuos diz:
Elas podiam se descobrir lésbicas, OMG. XD
Verlangen von den Ewigen diz:
...
Verlangen von den Ewigen diz:
Boa. XDDDDDDDDDDDD
Desespero de los Perpetuos diz:
E todos ficam felizes. XD
Desespero de los Perpetuos diz:
...
Desespero de los Perpetuos diz:
Pera, a Claire fica como? Com o Desmond? XD
Verlangen von den Ewigen diz:
Pode ser. Ou afogada.
Verlangen von den Ewigen diz:
...
Verlangen von den Ewigen diz:
Ou descobre que é a princesa élfica da floresta perdida.
Desespero de los Perpetuos diz:
XDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDD
Desespero de los Perpetuos diz:
...
Desespero de los Perpetuos diz:
O Jack e a Juju podem ir pra Timbuktu?
Verlangen von den Ewigen diz:
...
Verlangen von den Ewigen diz:
Não era melhor irem pra Itaquaquecetuba?
Verlangen von den Ewigen diz:
(Ou Pindamonhangaba, sei lá. Esqueci onde era. XDDDD)
Desespero de los Perpetuos diz:
...
Desespero de los Perpetuos diz:
Era Itaquaquecetuba, mas o Jack deve estar com medo da fúria assassina das cunhãs por ele estar levando sua própria cunhã.
Verlangen von den Ewigen diz:
Ah, realmente.
Verlangen von den Ewigen diz:
A menos, claro, que a Juju use suas skills de batalha com adagas, desafie a cunhã-mor e arranque o escalpo dela.
Desespero de los Perpetuos diz:
...
Desespero de los Perpetuos diz:
Só se ela seguir o ritual dos Saterê-Maué e usar um copo de batida não-alcoólica na cintura da roupa.
Verlangen von den Ewigen diz:
Bem, ela seria capaz.
Desespero de los Perpetuos diz:
Especialmente tendo o grande Ihelane-Tamaritinga na torcida!
Desespero de los Perpetuos diz:
Se bem que se os trigêmeos da cunhãporanga entrassem no jogo, complicava.
Desespero de los Perpetuos diz:
Porque eles são filhos de deus, aí já viu.
Verlangen von den Ewigen diz:
... Trigêmeos?
Desespero de los Perpetuos diz:
Num sabia?
Verlangen von den Ewigen diz:
Não!
Desespero de los Perpetuos diz:
O Jack teve trigêmeos com a cunhãporanga dos Saterê-Maué. XD
Verlangen von den Ewigen diz:
Aaah, sim. XD
Verlangen von den Ewigen diz:
Mas eu sinceramente espero que o ritual dos Saterê-Maué seja consideravelmente rigoroso quanto a interferências externas. E lutas na lama.
Desespero de los Perpetuos diz:
Se não for, o Jack é deus e inventa essa regra.
Desespero de los Perpetuos diz:
Se bem que...
Desespero de los Perpetuos diz:
Se a Juju chegou em Itaquá com o Jack, isso significa que ela também tem poderes divinos - porque afinal os Saterê-Maué acreditam que todo lugar fora de Itaquá deve ser o Olimpo.
Desespero de los Perpetuos diz:
E aí a Juju destrói as cunhãs da tribo com seu Tai-chi Transcedental. XD
Verlangen von den Ewigen diz:
...
Verlangen von den Ewigen diz:
Tai-chi? *_______*
Desespero de los Perpetuos diz:
Claro.
Desespero de los Perpetuos diz:
Então os Saterê-Maué concluem que a Juju é a Grande Guerreira Lunar do Tai-chi Transcedental. XDDDDDDD
Verlangen von den Ewigen diz:
... O que faz dela digna de parir jovens deuses, certo? XD
Desespero de los Perpetuos diz:
Exato. XD
Desespero de los Perpetuos diz:
Então eles matam a evil cunhãporanga que queria trazer a ira dos deuses, jogam os trigêmeos no rio Tietê e criam um altar pra Juju.
Verlangen von den Ewigen diz:
Weeeeeeeeeee!!!!!
Desespero de los Perpetuos diz:
E depois criam um grande aposento para que os deuses façam muito sexo.
Desespero de los Perpetuos diz:
XDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDD
Verlangen von den Ewigen diz:
Deus do céu. XDDDDD
Desespero de los Perpetuos diz:
...
Desespero de los Perpetuos diz:
Jack? XD
Verlangen von den Ewigen diz:
É, Jack. XD
Verlangen von den Ewigen diz:
Se bem que, a essa altura, ele é deus da terra, por ter descido dos céus pra glória de seus seguidores.
Desespero de los Perpetuos diz:
...
Desespero de los Perpetuos diz:
Faz sentido.
Verlangen von den Ewigen diz:
Como ficam os céus, então?
Desespero de los Perpetuos diz:
...
Desespero de los Perpetuos diz:
A Kombi Dharma voa?
Verlangen von den Ewigen diz:
Não, não.
Na verdade, ela cruza o caminho entre terra e céu num arco-íris.
Desespero de los Perpetuos diz:
O Jack diz pros Saterê-Maué que o Sawyer, o Jin, o Hurley e o Charlie são deuses também. XD
Desespero de los Perpetuos diz:
...
Desespero de los Perpetuos diz:
Se bem que eles tão mais pra Quatro Cavaleiros do Apocalipse. XD
Verlangen von den Ewigen diz:
Cacete!! XDDDDDDDDDDDDDD
Desespero de los Perpetuos diz:
Cada um representa um elemento, na verdade.
Desespero de los Perpetuos diz:
O Charlie é ar, o Jin é terra, o Hurley é água e o Sawyer é cerveja. XDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDD
Verlangen von den Ewigen diz:
XDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDD
DDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDD
Desespero de los Perpetuos diz:
E eles quatro são fogo. XD
Verlangen von den Ewigen diz:
Na verdade, o Sawyer devia ser a água.
Verlangen von den Ewigen diz:
Sabe como é: se falamos de Itaquaquecetuba, precisamos incluir a manguaça nacional.
Verlangen von den Ewigen diz:
Sawyer na maior água.
Desespero de los Perpetuos diz:
XDDDDDDDDDDDD
Desespero de los Perpetuos diz:
... E o Vincent é coração, claro.
Desespero de los Perpetuos diz:
XDDDDDDD
Verlangen von den Ewigen diz:
XDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDD
DDDDDDDDDDDDDDDD
Desespero de los Perpetuos diz:
E todos eles juntos chamam o Grande Ihelane-Tamaritinga, que naturalmente acumula função de Capitão Planeta. XDDDDDDDDDDDDDDDDDDD
Verlangen von den Ewigen diz:
Perfeito. XDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDD
Desespero de los Perpetuos diz:
XDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDD
Desespero de los Perpetuos diz:
...
Desespero de los Perpetuos diz:
Aí.
Desespero de los Perpetuos diz:
O Locke podia ser o pajé dos Saterê-Maué. XD
Verlangen von den Ewigen diz:
Sempre!
Verlangen von den Ewigen diz:
...
Verlangen von den Ewigen diz:
Considerando o poder dum pajé e o fato de que o Jin é um deus, a Sun seria uma espécie de espírito bom das árvores?
Desespero de los Perpetuos diz:
...
Desespero de los Perpetuos diz:
Pô, mas a Sun não era a namorada da Kate?
Verlangen von den Ewigen diz:
...
Verlangen von den Ewigen diz:
Ela pode ser simplesmente mencionada.
Desespero de los Perpetuos diz:
Ah, sim. XD
Verlangen von den Ewigen diz:
Ela é o espírito bom das árvores que se sacrificou pra oferecer a seiva da vida à mata atlântica.
Desespero de los Perpetuos diz:
...
Desespero de los Perpetuos diz:
Eu vou editar essa porra e pôr no blog. XD

23.5.07

Num sofá do Limbo, com os dodôs

(Baseado num diálogo real.)


- Preguiça de existir.

- ... Hein?

- Sabe, imagina que a Existência tem uma portinha. Eu tô com vontade de atravessar essa portinha, sair para a imensidão branca do Limbo, tirar um cochilo, dar uma respirada e voltar.

- Ah, tá.

- Se bem que deve ser chato cochilar na imensidão branca do Limbo, porque é muito iluminado.

- A imensidão negra do Limbo?

- ... A imensidão na penumbra do Limbo?

- O Limbo é um lounge, pronto.

- Ah, ok.

- É tipo uma sala de espera pra tudo o que ainda não existe. E um espaço onde o que não existe mais pode "chill out". Aí você tem até sofás.

- Então tudo que está fora da Existência está num lounge?

- Basicamente.

- Será que eu vou ter que dividir o sofá com um dodô?

- Ah, você espanta ele.

- Não sei. Acho que o Limbo é muito apertado pra mim e pro dodô.

- Claro que não, o Limbo é enorme. É maior que a Existência!

- Por quê?

- Ué, porque ele tá por fora dela.

- E daí? O lounge do Limbo pode ser só um quartinho.

- Você tá dizendo que o Limbo é um puxadinho da Existência?

- Sei lá!

- Mas não tem como! Pensa em todas as coisas que não foram criadas e todas as que já existiram e não existem mais. É coisa pra cacete. Não cabe num quartinho. Tem que ser um lugar grande.

- E se todas as coisas ainda por existir forem bem pequenininhas? E se estiver tudo empilhado? Sei não.

- Ah, então fica na Existência e não enche.

- Tá, tudo bem. Eu topo ir pro Lounge do Limbo. Mas ainda me incomoda a idéia de ser atacada pelos dodôs.

- Já sei: você pode jogar o dodô numa máquina do tempo. A máquina do tempo ainda não foi criada, logo não existe, logo tá no Lounge também.

- Boa! Mas com isso eu não vou quebrar a ordem do Universo?

- Não, poxa. É só mandar o dodô pra um tempo que já passou. Ou um que ainda esteja por vir.

- Tá confuso.

- Mas pera. Segundo a filosofia oriental, não existe tempo presente, só o que já passou e o que ainda está por vir.

- Você tá dizendo que o Tempo inteiro, com tê maiúsculo, tá no Lounge do Limbo?

- Mais ou menos. Ou não. Ele pode estar do lado de fora.

- Do lado de fora de tudo?

- É. Tipo, com os banheiros químicos e a barraquinha de podrão.

- Faz sentido.

- Viu só? Agora acaba de comer esse burrito logo, porra.

15.5.07

Curriculum Vitae

Mens sana in corpore sano, dizem. Ela não sabe a relação entre aquele começo de gripe e o fato de enxergar um grande par de asas translúcidas nas costas da menina do Financeiro. Provavelmente não há relação nenhuma, mas a frase apareceu desenhada numa placa de mármore em seus pensamentos. A placa, aliás, fica bem na entrada do templo grego onde ela é sacerdotisa quando não está elaborando uma resposta sintética o bastante para o cliente chato que insiste em apontar um erro inexistente no sistema de cadastro.

Se o telefone toca (ah, o trinado do demônio), ela é forçada a abandonar a ilha paradisíaca onde guia lábios, braços e pernas estranhos na dança úmida e ancestral dos amantes; no mundo das mesas de metal e aglomerado bege, ela sorri e finge conferir e-mails quando na verdade está assistindo às ninfas que dançam em suas túnicas de fumaça branca num não-lugar anti-gravitacional e “inexistente” (entre aspas porque todos os não-lugares existem nos mapas-múndi cor de sépia de sua mente).

Do alto de seu esconderijo invisível, ela observa o comportamento trivial dos outros e se pergunta se eles também conhecem os anjos e as putas e as notas musicais. Quando ela aguarda por um milagre sobre uma pilha de lenha da Inquisição Espanhola, onde estariam eles, que se disfarçam com gravatas e crachás? (Ela teme que os universos se cruzem, um dia, e ela esbarre com o chefe em uma orgia persa, enquanto se lambuza de sêmen e chocolate importado dos incas por um Marco Polo moreno e seminu.)

Ela transfere ligações, confere dados, carimba documentos e prepara planilhas. Ninguém no escritório sabe que na noite anterior ela dançou tango com um chileno anônimo numa rua de Stratford-upon-Avon; nem que ela já foi uma sereia; nem que, quando criança, ela passava os dias desenhando gavetas num navio de mercadores; nem que ela matou o próprio filho em 14 versos numa noite chuvosa; nem que ela esconde um arquivo confidencial do FBI na gaveta de calcinhas; nem que ela teve um grande amor e ele tinha asas nos pés.

E essa é a melhor parte do trabalho.

4.3.07

Começou em Lost, mas só Deus (ou o Jack) sabe onde vai parar

- Sabe? Eu quero que o Jack se acerte com a Juliet, porque ele fica mais legal com a Juju. E quero que o Saywer vá embora da ilha com o Jin (a Sun morre), o Hurley e o Charlie. Aí eles saem juntos pra pegar mulher. E a Kate apodrece na praia.

- A Sun e a Kate podiam ficar juntas na ilha. Elas são super-amigas mesmo. (...) Elas podiam se descobrir lésbicas, OMG.

- Boa.

- E todos ficam felizes. (...) Pera, a Claire fica como? Com o Desmond?

- Pode ser. Ou afogada. (...) Ou descobre que é a princesa élfica da floresta perdida.

- ... O Jack e a Juju podem ir pra Timbuktu?

- Não era melhor irem pra Itaquaquecetuba? Ou Pindamonhangaba, sei lá. Esqueci onde era.

- Era Itaquaquecetuba, mas o Jack deve estar com medo da fúria assassina das cunhãs por ele estar levando sua própria cunhã.

- Ah, realmente. A menos, claro, que a Juju use suas skills de batalha com adagas, desafie a cunhã-mor e arranque o escalpo dela.

- Só se ela seguir o ritual dos Saterê-Maué e usar um copo de batida não-alcoólica na cintura da roupa.

- Bem, ela seria capaz.

- Especialmente tendo o grande Ihelane-Tamaritinga na torcida! (...) Se bem que se os trigêmeos da cunhãporanga entrassem no jogo, complicava. Porque eles são filhos de deus, aí já viu.

- ... Trigêmeos?

- Num sabia?

- Não!

- O Jack teve trigêmeos com a cunhãporanga dos Saterê-Maué.

- Aaah, sim. Mas eu sinceramente espero que o ritual dos Saterê-Maué seja consideravelmente rigoroso quanto a interferências externas. E lutas na lama.

- Se não for, o Jack é deus e inventa essa regra. (...) Se bem que se a Juju chegou em Itaquá com o Jack, isso significa que ela também tem poderes divinos - porque afinal os Saterê-Maué acreditam que todo lugar fora de Itaquá deve ser o Olimpo. E aí a Juju destrói as cunhãs da tribo com seu Tai-chi Transcedental.

- ... Tai-chi?

- Claro. Então os Saterê-Maué concluem que a Juju é a Grande Guerreira Lunar do Tai-chi Transcedental.

- O que faz dela digna de parir jovens deuses, certo?

- Exato. Então eles matam a evil cunhãporanga que queria trazer a ira dos deuses, jogam os trigêmeos no rio Tietê e criam um altar pra Juju.

- Weeeeeeeeeee!

- E depois criam um grande aposento para que os deuses façam muito sexo!

- (risos) Deus do céu.

- ... Jack?

- ... É, Jack. (...) Se bem que, a essa altura, ele é deus da terra, por ter descido dos céus pra glória de seus seguidores.

- Faz sentido.

- Como ficam os céus, então?

- ... A Kombi Dharma voa?

- Não, não. Na verdade, ela cruza o caminho entre terra e céu num arco-íris.

- O Jack diz pros Saterê-Maué que o Sawyer, o Jin, o Hurley e o Charlie são deuses também. (...) Se bem que eles tão mais pra Quatro Cavaleiros do Apocalipse.

- Cacete!

- Cada um representa um elemento, na verdade. O Charlie é ar, o Jin é terra, o Hurley é água e o Sawyer é cerveja. E eles quatro são fogo.

- Na verdade, o Sawyer devia ser a água. Sabe como é: se falamos de Itaquaquecetuba, precisamos incluir a manguaça nacional. Sawyer na maior água...

- ... E o Vincent é coração, claro. E todos eles juntos chamam o Grande Ihelane-Tamaritinga, que naturalmente acumula função de Capitão Planeta.

- Perfeito.

- Aí. O Locke podia ser o pajé dos Saterê-Maué.

- Sempre! Considerando o poder dum pajé e o fato de que o Jin é um deus, a Sun seria uma espécie de espírito bom das árvores?

- Pô, mas a Sun não era a namorada da Kate?

- Ela pode ser simplesmente mencionada.

- Ah, sim.

- Ela é o espírito bom das árvores que se sacrificou pra oferecer a seiva da vida à Mata Atlântica.

- ... Eu vou editar essa porra e pôr no blog.

28.2.07

Mudei o layout.

Acho que vocês perceberam, mas sempre é bom avisar. Infelizmente, meu antigo sistema de comentários caiu do caminhão de mudança. Convido todos os 17 leitores (que não necessariamente coincidem com os do Agamenon ou mesmo com os do Xexéo) a deixarem novos comentários nos posts de sua preferência, ignorando a data dos mesmos. Tabula rasa no devaneio.

E como em toda boa mudança, tinha que ter alguma coisa que eu não encontrava desde a última vez que mexi nos móveis: não é que esse tempo todo tinha uma tag errada na formatação do "pé" do post?

"Quantos anos você tem?"

"Quantos anos você tem?"

"Vinte e seis."

Na verdade eram setenta e dois, mas ela freqüentemente esquecia que o tempo passara. Os filhos não a corrigiam mais; quando ela lembrava era pior.

26.2.07

Flyer

Ele estende as mãos para todos os homens e mulheres nas calçadas do centro da cidade. Entende aquelas palavras - "produtos eróticos", "dinheiro fácil", "compro ouro" - mas não seu significado; para ele, são só promessas ao vento e árvores mortas.