26.9.04

Le perroquet a chuchot�


Je T'Aime... Moi Non Plus

Je t'aime...
Je t'aime...
Oh oui je t'aime...
Moi non plus
Oh mon amour...
Comme la vague irr�solue...
Je t'aime...
Je t'aime...
Oh oui je t'aime...
Moi non plus
Oh mon amour...
Tu es la vague, moi l'�le nue...
Tu vas...
Tu vas et tu viens...
Entre mes reins...
Tu vas et tu viens...
Entre mes reins...
Et je te rejoins...
Je t'aime...
Je t'aime...
Oh oui je t'aime...
Moi non plus
Oh mon amour...
Comme la vague irr�solue...
Je vais...
Je vais et je viens...
Entre tes reins...
Je vais et je viens...
Entre tes reins...
Et je me retiens...
I love you...
Moi non plus
I love you...
Moi non plus
Retiens moi...
Tu vas...
Tu vas et tu viens...
Entre mes reins...
Je vais et je viens...
Je me retiens...
Non! Maintenant!...
Viens...


� por essas e outras que eu amo essa l�ngua. Allons, enfants de la Patrie! Vive la France!

24.9.04

Retrato da Mulher que Chega em Casa

Ela abre a porta, depois de lutar com as chaves, e entra com um suspiro de al�vio. Casa. Acende a luz. A ansiedade e o cansa�o s�o tantos que quase se esquece de trancar a porta, mas ainda h� a aura violenta da cidade em torno de si.

A passos r�pidos, atravessa o corredor e chega ao quarto. Larga a bolsa sobre a cama, e com ela todo o peso aboletado em seus ombros: casa. Pode andar mais tranq�ila. Volta � cozinha para sorver vagarosamente um gelado copo d'�gua. Vai ao banheiro. Lava as m�os e o rosto, se refresca. Calor maldito. Casa.

Prende os cabelos para o alto, tira o suti�, abre os bot�es da cal�a. E, descal�a, sente o piso fresco sob seus p�s. Agora sim, est� realmente livre. Em casa. At� o dia seguinte.

. . . . . . . . . . . . .

H� uma sensualidade inerente a essa qualidade de mulher, a que chega em casa: algo de ferom�nio no suor do dia com res�duo ainda de perfume, uma languidez despropositada no modo como se lan�a na cadeira favorita, uma sombra felina no desprezo com que olha para os jornais em cima do sof�. A mulher que chega em casa, cansada da rotina do trabalho ou dos estudos, n�o se pretende atraente; por isso mesmo o �. Gabem-se aqueles que gostam de p�r o moderno num pedestal: a mulher que chega em casa � fruto do nosso tempo, de um tempo em que as mulheres saem de casa.

Homens, dom�sticos ou n�o, venerem suas mulheres que chegam em casa. Adorem-nas como deusas. Tragam-lhes chinelos, bebericagens, liguem a tev� e ofere�am-lhes massagens nos p�s. E nada em troca exijam delas, pobres criaturas cansadas. As mulheres, estas raposinhas que lhes roubaram o posto milenar, agradecem.
Sinais da Primavera


Calor, calor - e n�o h� flores. Os term�metros de rua j� marcam 36�, o sol n�o perdoa a menor esquina. Moleza que toma conta do corpo, vontade de fazer nada pelo resto do dia, m�s, ano, at� as �guas de mar�o pr�ximo chegarem. Mas n�o h� flores, igualmente pregui�osas com essa pr�via de ver�o.

E bichinhos-de-luz. As l�mpadas todas cercadas, atacadas por essas pequenas hordas de insetinhos, atra�dos pela incandec�ncia de uma chama, de um filamento. Como n�s, eternamente buscando um lugar ao sol, um espa�o embaixo do holofote. Um caminho para a ilumina��o de nossas mentes e nossas almas.

No entanto, n�o h� flores. De que servem os bichinhos-de-luz, se n�o h� flores?

22.9.04

In-joke


EU QUERO UM CACHORRO COM MP3 PLAYER!!!


PS: Cogumelo faz mal � sa�de!!!

17.9.04

Sucesso de Ibope

S� eu falar de sexo que o povo quebra todos os recordes dos coment�rios...

Anyway, j� conclu� que o meu entrave com o tal hentaizinho se deve tamb�m � minha desmedida pregui�a de escrever. Porque, afinal, Agentes Perp�tuos n�o tem sexo (ainda) e nem por isso eu comecei a escrever.

Claro, pra agravar a situa��o eu ainda tenho prova de STC quarta que vem. STC significa "Sistemas e Tecnologias de Comunica��o" - basicamente, aulinhas te�ricas de inform�tica, �udio e v�deo. Problema: n�o fiz qualquer anota��o, n�o prestei aten��o em uma aula sequer, e n�o tirei xerox de qualquer dos trocentos textos que estavam na pasta. Ah, e nem se eu fosse atingida por um raio de responsabilidade estudaria durante esse fim-de-semana. Namorado chega daqui a pouco e fica no Rio at� domingo, vou desperdi�ar? (J� estou me remoendo por n�o poder faltar ao curso de ingl�s!)

Enfim. Desenhos novos no flog, ficzinha curta de Saint Seiya, muitas leituras a fazer... e la nave va. Ah, e Pequenos Agentes Perp�tuos pra colorir.

14.9.04

Correndo o risco de ser incompreendida, linchada e/ou internada no Pinel, declaro: ando meio revoltada com o sexo.

N�o a coisa pr�tica, real, que dessa eu n�o tenho autoridade nem experi�ncia pra falar. Mas da que eu conhe�o. Sexo liter�rio.

As(os) autoras(es) de fics hentai, yaoi, yuri e afins h�o de me entender. T� travada com um hentaizinho bobo, simples que t� escrevendo. A coisa simplesmente n�o sai. Ou n�o entra, dependendo do referencial...

� que eu estou cansada daquela mesmice. N�o d� pra variar muito nesse g�nero liter�rio - s�o sempre os mesmos mamilos rosados e membros rijos e buraquinhos molhadinhos do amor (ok, essa � injoke nossa!). S�o sempre os mesmos cen�rios de paix�o e lux�ria. Sempre a mesma coisa. E se tem algo que eu, como autora, odeio � repeti��o.

T� tentando fugir desse "roteiro estipulado pelas Leis C�smicas" no que eu t� escrevendo agora. Mas ainda assim temo cair na rotina. Vejamos no que d�.

Pra falar a verdade, no momento estou numa fase "historietas curtinhas, simples, com atividades do cotidiano, em que o romance est� levemente sugerido". Ali�s, acho que esse tipo de hist�ria deveria ser minha especialidade...

13.9.04

Milo de Croton



"Um dos mais lend�rios atletas do mundo antigo, Milo de Croton ganhou a coroa da vit�ria em Ol�mpia n�o menos do que seis vezes. Nascido no sul da It�lia, onde havia muitas col�nias gregas, Milo ganhou o campeonato de luta entre rapazes em 540 a.C. Ele voltaria oito anos depois para ganhar o primeiro de cinco t�tulos consecutivos de luta, um feito que parece inacredit�vel para os padr�es modernos - raramente os atletas ol�mpicos de hoje competem em mais de duas ou tr�s Olimp�adas durante suas carreiras. Tal como o boxeador George Foreman, Milo resistiu � aposentadoria: na �poca da 67� Olimp�ada em 512 a.C., Milo tinha provavelmente 40 anos ou mais, mas competiu mesmo assim. O oponente n�o ganhou por dominar Milo, mas evitando o lutador mais velho at� cans�-lo.

De acordo com fontes antigas, Milo gostava de exibir sua for�a inigual�vel. Por exemplo, diz-se que ele segurava uma rom� entre as m�os e fazia com que outros tentassem tir�-la dele. Ainda que ele a segurasse com tanta for�a que ningu�m conseguia remov�-la, ele jamais danificava a fruta. (...)

No fim, por�m, toda sua fama e for�a n�o salvaram Milo de uma morte nada gloriosa. Ao caminhar pela floresta, ele encontrou um velho tronco de �rvore no qual havia cunhas inseridas. Testando sua for�a, Milo p�s as m�os e talvez um dos p�s na fenda do tronco e tentou quebrar a madeira. Ele conseguiu afrouxar as cunhas, que ca�ram, mas o tronco fechou em volta de suas m�os, prendendo-o. Ent�o, de acordo com a lenda, ele tornou-se presa de feras selvagens."


Traduzido daqui.

�, Milo. Forte, metido e burro.


(Maldi��o. Estou com uma id�ia estupidamente fofinha pra uma mini-fic de MiloXCamus, narrada por um Hyoga pixotinho... e inspirada na parte em negrito do texto acima. Fa�o?)

12.9.04

Minha vida social nunca foi t�o agitada quanto nesse fim de semana, acho...

Ontem sa� com o povo do CAp. Fomos no Manuel e Juaquim, um barzinho-restaurante portugu�s muito simp�tico. Foi bastante divertido, valeu pra p�r as coisas em dia, tirar fotos (tem l� no flog da Lalal�). Ri bastante...

Hoje, cinema com galerinha da facul... Colateral, no Cinemark Botafogo. Muito bom o filme, recomendo mesmo. A c�mera faz uns cortes super-diferentes, lindos; a trilha sonora � uma del�cia. O Tom Cruise, al�m de charmos�ssimo com seus cabelos grisalhos, d� um banho em seu primeiro papel de vil�o (Lestat n�o conta, n�?), e seu parceiro de cena, Jamie Foxx, tamb�m est� �timo. O final � que me deixou meio decepcionada... sei l�, eu n�o percebi quando ele aconteceu (n�o posso ser mais espec�fica, sen�o fa�o um spoiler muito feio!).

Spoiler muito feio (se j� viu o filme, ou quiser saber o final, selecione o texto a seguir): E o Tom Cruise morre muuuito mal! XD LOL!

Depois da sess�o de cinema, fui pro Iguatemi com pais e tios ver o show da banda Blackbird, cover brasileiro dos Beatles. Acho que eles s�o uma das melhores bandas cover dos 4 rapazes de Liverpool. Muito bom, cantei todas, dancei Twist and Shout - tem como n�o dan�ar ao som de Twist and Shout? Estou meio rouca e meio surda (fiquei sentada no ch�o bem na frente da banda), mas valeu muuuito!

(Detalhe: adivinhem o nome do guitarrista de �culos que eu sempre acho que est� olhando na minha dire��o. Thiago Henrique. Ok, voc�s venceram, os Thiagos dominar�o o mundo! >_<'')

11.9.04

Contrariando o post anterior: ou�a "Room of Angel", da trilha sonora de Silent Hill 4. Lenta, triste, quase tr�gica, suave; tem algo de medieval, celta ou at� �lfico na linha mel�dica, que hipnotiza... � qualquer coisa entre can��o de ninar - lullaby, como diz a letra - e hino aos mortos.

(Lili me contou a hist�ria do jogo com requinte de detalhes. N�o jogo nem morta. Vou passar semanas sem dormir.)
Estranhos - II


Passava pela rua um homem, um catador de papel�o ou coisa parecida, empurrando um carro de madeira. Seguia cantando, com um jeito um tanto embriagado ou louco.

N�o distingui as palavras. Mas parecia uma cantiga alegre, talvez contando uma hist�ria, um romance. Talvez apenas fossem uns neologismos, incoerentes para a nossa gram�tica. A melodia era atonal, estranha, o ritmo um tanto quebrado. Mas era algo bom de escutar, ao andar pela rua; aquele canto entre o jazz e o samba, misto de carnaval e Louis Armstrong com reminisc�ncias de lenda africana h� muito perdida, na voz �bria daquele catador de papel�o.

"Artista de rua", definiu o porteiro do pr�dio em frente ao qual eu passava. Pois n�o seria essa a arte mais m�gica, mais humana? Sem o aparato tecnol�gico de um show de rock ou a dist�ncia m�stica da liturgia - n�o seria mais arte o canto espont�neo e delirante do povo?

10.9.04

Hoje completo 19 anos de vida bem vivida.



Pronto. Me d�em os parab�ns.

9.9.04

Eu agaraintcho

"Sacudi o suor e o sol. Compreendi que destru�ra o equil�brio do dia, o sil�ncio excepcional de uma praia onde havia sido feliz. Voltei ent�o a disparar mais quatro vezes contra um corpo inerte onde as balas se enterravam sem se dar por isso. E era como se batesse quatro breves pancadas � porta da desgra�a."


Albert Camus, O Estrangeiro. T� na metade. Phodda.

8.9.04

Estranhos


O primeiro �nibus estava muito cheio, ent�o me resignei a esperar o pr�ximo. Fiz bem. Subi; n�o demorou para vagar um lugar. Sentei-me ao lado de um rapazinho de ascend�ncia oriental, que cochilava. No canto em frente ao trocador, uma passageira habilmente comia uma espiga de milho cozido.

Passou pela roleta uma mo�a negra com longas tran�as rastaf�ri. Tive vontade de dizer que ela era muito bonita. Ela pensaria estar recebendo uma cantada, ou um convite para algum trabalho il�cito, e se sentiria ofendida. Mas eu tinha sinceramente achado ela bonita, e n�o tinha pensado em mais nada al�m disso... n�o � estranho como n�s inserimos significados muitas vezes inexistentes em tudo que ouvimos?

A mulher da espiga sentou-se; havia acabado de comer. Embrulhou o que restava num guardanapo, e n�o sei o que fez com ele depois (devo ter me distra�do nesse momento). Come�ou a ler um livro. Era "L'�tranger", de Albert Camus. No banco de tr�s, uma mulher no celular pedia ao Brito para passar um n�mero de telefone anotado na agenda preta, no dia de hoje. Nos bancos al�m da roleta, um menino com uniforme de escola p�blica e cabelos molhados falava de pol�tica; n�o consegui entender o qu�, mas ouvi os nomes de alguns candidatos a prefeito. Um pouco mais para tr�s do �nibus, um rapaz folheava uma apostila de partituras.

Ao sair, passei pela mo�a bonita das tran�as. Sorri para ela; ela sorriu de volta. Saltei no meu ponto, e o �nibus deixou de existir.