31.5.05

A lareira crepitava �s suas costas; atrav�s da janela, podia ver o p�r-do-sol anunciando a noite. Ele, o valente cavaleiro, prostrava-se aos seus p�s com l�grimas nos olhos. A amava dolorosamente, confessava, e n�o podia mais guardar esse amor dentro de si. Ela, a jovem donzela, n�o tinha palavras. Correspondia �queles sentimentos, mas a Raz�o insistia em lhe dizer que o romance dos dois era imposs�vel, inaceit�vel. Foi o que disse ao rapaz, acrescentando que deveria esquec�-la. Ele balan�ou a cabe�a, incr�dulo. Como poderia esquecer o alimento de sua alma, a Luz de sua malograda vida? Num gesto impulsivo, tomou-a nos bra�os. A dama tentou se desvencilhar... mas sua luta tornou-se uma car�cia t�o logo os l�bios dele tocaram suavemente os seus. Um calafrio percorreu sua espinha com aquele lev�ssimo ro�ar de rostos. Com relut�ncia, ele se afastou. Olharam-se mais uma vez - ele com �nsia, ela com s�plica - e, num ato de coragem, entregaram-se � paix�o num beijo profundo e cheio de ardor.

Corta.


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