8.3.05

Desespero.

Voc� n�o sabe quem sou, humano, e por isso mesmo me conhece; porque eu estou no n�o-saber, e na �nsia insaci�vel de saber humana.

Eu sou a praga que se dissemina, alheia aos seus esfor�os.

Eu sou a indigna��o que definha e se conforma.

Eu sou a l�grima n�o liberta, o grito contido, o gemido abafado. O cad�ver sem futuro, o escravo sem presente, o povo sem passado.

Eu sou o que em verdade voc� mais teme, e que tantas vezes confunde com a (t�o gentil) Morte. Eu sou o porvir que n�o mais vir�, a quest�o que sequer se levanta por n�o haver resposta, o ponto final das frases mais curtas e que por serem curtas jamais se calam.

Eu sou a ruga e a ferida no espelho. E sou nua, porque a verdade assim o �

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