19.12.03

Acabou.



Ok, eu sei que oficialmente ainda n�o acabou. A gente ainda vai "ter aulas" em janeiro. Mas eu sei tamb�m que quase ningu�m vai a essas aulas. E sei que a gente ainda vai ter testes em janeiro, mas quase todos ser�o opcionais, e muita gente que n�o precisa de nota n�o vai estar l�.

Ent�o, digam o que quiserem, mas na pr�tica acabou. Sete anos durante os quais eu vesti o manto sagrado com o emblema da Uerj do lado esquerdo do peito, e hoje acabou.

� estranho, isso. A id�ia de que uma era da minha vida chegou ao fim, de que eu nunca mais vou ver aquelas mesma carinhas que eu via sempre - eu sei que isso n�o � verdade, mas � verdade que n�s n�o vamos mais estar todos juntos numa sala de aula. A id�ia de que ano que vem eu n�o vou estar l� no Rio Comprido de novo, me perguntando quem ser� o novo professor de Geografia ou de Biologia.

A id�ia de que eu nem sequer sei onde eu vou estar ano que vem. Uerj? UFRJ? Ou em casa sofrendo?

Foi meio engra�ado na hora, n�s l� fazendo vota��o pra homenageados da turma e correndo atr�s das listas de alunos pro convite (ali�s, eu e Laura-chan vamos fazer a diagrama��o), tirando fotos, escrevendo nas camisas, e o ponteiro do rel�gio se movendo, e a gente saindo meio-dia e meia quando fomos liberados 10:50, o que jamais aconteceria num dia comum - mas hoje aconteceu. E no ponto de �nibus, eu desistir de pegar o �nibus que p�ra na porta da minha casa pra pegar o mesmo em que ia o resto do pessoal, ainda que isso me tenha custado uma boa caminhada.

Foi meio engra�ado na hora. Mas depois foi ficando triste, triste... e eu voltando a p� pra casa, pensando nessas coisas, e esse c�u meio lusco-fusco de chuva que n�o ajuda em nada, sei que por todo o caminho vim sentindo aquele n� na garganta e aquele aperto no peito, mas nada do choro vir.

Assim d�i mais, viu? Que ao menos quando a gente chora de uma vez o n� se desfaz e o aperto diminui, as l�grimas meio que lavam todo esse sentimento ruim de dentro da gente. Mas eu sou assim, adestrei meu organismo a dar uma de dur�o e n�o demonstrar fraqueza na frente dos outros, e eu nem reclamo porque acho o maior mico chorar com gente olhando, n�o gosto mesmo.

S� que a�, agora que eu cheguei em casa, reli os recados de hidrocor no branco da camisa velha do CAp, e resolvi mexer nas minhas fotos antigas pra ver se achava uma pra ilustrar esse post, e olha� no que deu. O olho chega a pesar de tanto choro acumulado.

Eu ainda n�o t� chorando. Mas aposto, n�o, tenho certeza que s� preciso terminar esse post, e...

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