12.5.04

Contra o tempo


Um m�s para o Dia dos Namorados e c� estou eu, encurralada entre uma paix�o que eu pensava ter passado, uma paix�o que passou mas pode voltar a qualquer momento e uma paix�o que eu preferia que passasse, para o meu bem e para o dele. Sabe, nessas horas eu sinto um pouco de raiva de o �vulo que me gerou ter se fundido com um sptz X.

Engra�ado como nos �ltimos 18 anos eu n�o dei tanta import�ncia assim para o dia 12 de junho - minto; at� que no ano passado eu me preocupei com isso, sim, mas n�o com o sentimento de urg�ncia que eu estou sentindo agora. � como se o fato de ter companhia ou n�o daqui a um m�s fosse definir o meu destino, como se estar sozinha dessa vez signifique ficar para titia, com diriam os antigos.

Talvez por ser apenas uma data comercial, criada para estimular os apaixonados a investirem seu rico dinheirinho em agrados para seus musos e musas, eu n�o devesse reagir a ela com tanta ansiedade. Mas e da� que � uma data comercial? Ser humano adora datas! Quem n�o gosta da id�ia de um dia especial, no qual se faz de tudo para estar com a pessoa amada? Um dia dedicado a deixar de lado qualquer desaven�a ou implic�ncia boba, a lembrar de tudo aquilo que o outro mais gosta? Um dia para simplesmente curtir a exist�ncia de algu�m s� para voc�?

� incomum eu estar assim, transbordando de sensibilidade, ainda mais que eu n�o estou no meu per�odo pr�-menstrual... deve ser esse s�bito ac�mulo de fics, desenhos e trabalhinhos simples (e chatos) da faculdade, ou a impress�o de que todo mundo ao meu redor t� amarrado e feliz com isso (n�o vou fingir que bate uma invejinha �s vezes), ou mesmo por causa da situa��o singular em que meu cora��o - digo, a parte do meu c�rebro respons�vel pela afetividade - se encontra, descrita l� no primeiro par�grafo. A �nica coisa de que eu tenho certeza � que estar sozinha t� me incomodando pra valer pela primeira vez na minha vida.

Um m�s pra arrumar um namorado. Ser� que eu consigo?

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