9.10.03

M�os Atadas

Puras, as nuvens! T�o ruborizadas!
(Testemunharam, sem querer, o flerte!)
Viram que em meio � multid�o inerte
�amos tu e eu - as m�os atadas.

Teus dedos entre os meus, entrela�ados...
A palma contra a minha, �mida e quente...
Teus l�bios a sorrir, olhar � frente...
O teu pisar e o meu, cadenciados...

Que a eternidade fosse toda disto!...
Mas soltaste-me os dedos. Relegados,
Os dez inda procuram teu bemquisto

Afeto; e, quando de mim piedosos,
imitam-te. Por�m, j� t�o cansados,
tocam-me finos, frios (quase idosos!).

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